‘Identidade e Família’ também visa ‘influencers’ e ‘Onlyfans’

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[Fotografia: Paulo Alexandrino/Global Imagens]

É o primeiro texto que abre a tão polémica obra Identidade e Família, apresentada pelo antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que aborda as ameaças à família, o papel da mulher, ideologia de género. Num ensaio da autoria do médico psiquiatra Pedro Afonso em que se exalta o agregado familiar ‘tradicional’ como a base de todo o ser moral, nem os influencers, o burnout, o teletrabalho escapam à análise no texto Família como escola de amor e transmissão de valores, do médico psiquiatra e fundador do Movimento Ação Ética (MAE), entidade que reuniu os 22 textos e que lançou o livro.

Para o autor, lê-se na obra editada pela Oficina do Livro, “os atuais influencers digitais, espalhados nas redes sociais e mais recentemente também em órgãos de comunicação social, em nome da pretensa liberdade, fomentam a desorientação das pessoas através da exaltação do instinto, do prazer e dos desejos.” Diz o escritor que “nas redes sociais quando alguém expressa uma ideia contrária ao politicamente correto, as reações são muitas vezes de intolerância”. “Surgem ameaças de ‘cancelamento público’ ou são atirados epítetos de ‘fóbico’ a quem ousar pensar de forma diferente. Estes não são mais do que eufemismos que promovem um ambiente intimidatório e a criação de uma nova censura que tem vindo a crescer ultimamente na sociedade”, refere o mestre em Ciências do Sono e doutorado em Psiquiatria e Saúde Mental.

Uma liberdade de autodeterminação do eu e do corpo que ameaça, mo entender do autor, a família e o indivíduo. Por isso, Afonso considera que “hoje em dia, a liberdade de fazer ‘o que me apetece’. A moral e os limites não têm lugar. “Tu podes fazer o que quiseres: se nasceste homem, não há qualquer impedimento para te tornares mulher se o desejares, o corpo é teu e podes vendê-lo em sites na Internet como é o caso do OnlyFans”, lê-se.

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