Liliana Almeida reage às queixas de violência doméstica contra Bruno de Carvalho

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Fotografia: Instagram

A TVI tentou colocar ontem à noite um ponto final na polémica do passado fim de semana, com famosos e anónimos a revoltarem-se contra a relação “tóxica” entre os participantes do “Big Brother Famosos” Bruno de Carvalho e Liliana Almeida, depois de o ex-dirigente do Sporting ter agarrado a cantora pelo pescoço.

Cristina Ferreira começou por ler, no início da gala, que a estação e a produtora Endemol “têm o dever de imparcialidade e de não julgamento dessas pessoas”. “Levantaram-se questões fraturantes e por isso hoje tivemos de ter esta conversa”, justificou a apresentadora durante o programa.

Seguiram-se as declarações de Liliana Almeida e de Bruno de Carvalho. E a cantora, ex-“Non Stop”, foi clara: em nenhum momento sentiu que foi alvo de violência doméstica.

“Nunca me senti subjugada ou dominada. Pensei sempre pela minha cabeça. Nunca tive medo, ele é muito intenso, ou seja, sabe o que quer para a sua vida. Se sentir que não quero o que ele quer, eu digo-lhe”, garantiu a cantora.

“Relação abusiva tem a ver com um comportamento agressivo na maior parte do tempo. Não caracterizo o Bruno nessa categoria. Este aperto de pescoço é carinho, amor, tensão, tesão… a minha família que confie em mim, não me vou violentar”, garantiu.

Bruno de Carvalho, que foi avisado pela advogada que, cá fora, tinha sido feita uma queixa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) junto do Ministério Público, reagiu. “Ia exercer violência doméstica e psicológica à frente de milhões de pessoas? Os meus crimes são sempre de imbecilidade, sou atrasado mental. Nunca exerci violência sobre ninguém!”, defendeu.

A CIG anunciou ontem que apresentou uma denúncia ao MP pelo “comportamento ameaçador” de Bruno de Carvalho para com a concorrente. A Comissão alega que o comportamento do ex-presidente do Sporting “é suscetível de configurar a prática de crime público de violência doméstica, na forma psicológica e física”.

A Associação Portuguesa do Apoio à Vítima (APAV) já tinha tomado uma posição na passada sexta-feira, ao admitir que recebeu “pedidos de intervenção”. Daniel Cotrim, psicólogo e responsável da APAV, disse ao site “Delas”: “A entidade está a ver e atenta ao que se está a passar” e recordou que, se se tratar de um crime público, é possível qualquer pessoa apresentar queixa “à ERC, à TVI e às autoridades competentes”.

A “onda” de revolta contra a relação “tóxica” entre os dois concorrentes cresceu este fim de semana, com duas figuras públicas a darem a cara e a mostrar revolta e desconforto: Catarina Furtado e Carolina Deslandes.

Ontem, durante a gala, os restantes concorrentes do “reality show” da TVI garantiram que nunca se aperceberam de qualquer violência doméstica por parte de Bruno de Carvalho.