Artista coloca princesas da Disney com estrias e em lágrimas no pós-parto

As perfeitas e felizes princesas da Disney que têm feito sonhar milhões de crianças e raparigas surgem agora num novo papel: o da maternidade. E mais do que refletirem as alegrias da chegada de um recém-nascido, a artista e ilustradora israelita Anna Belenkiy está a reinventá-las mas com os contratempos das novas responsabilidades: das estrias à barriga flácida, das noites em claro às dores da amamentação, a designer está a por o imaginário infantil perfeito ao serviço do realidade após a chegada de um recém-nascido.

Uma ideia que surgiu quando a própria ficou grávida e foi mãe, explorando e mostrando agora o lado mais sombrio da experiência através do seu trabalho publicado no Instagram.

“Mal posso acreditar que já passaram dois meses desde o nascimento do Tommy [filho Anna Belenkiy] e finalmente pus as mãos no novo projeto pós-parto das Princesas da Disney. A primeira ilustração que gostaria de partilhar […] representa a ansiedade e a depressão pós-parto”, escreve, acompanhando as imagens de Ariel em lágrimas enquanto pega no bebé.

“Ser uma mãe estreante envolve também a sensação de ansiedade, pesadelos e cuidados constantes com o meu pequeno bebé”, descreve, acrescentando que tem “apoio do marido e do sogro”.

Numa segunda ilustração, a designer fala da imagem corporal e das alterações que se sofrem. “Há uns dias, quando brincava com o Tommy, parei diante do espelho e olhei demoradamente para o meu reflexo. Não me consegui reconhecer, aqueles quilinhos a mais e as marcas de estrias eram novidade para mim.

“De repente, Tommy sorriu, eu comecei a chorar e depois percebi que sou uma nova versão de mim mesma graças ao meu bebé e que estas marcas são medalhas de mérito”, descreveu.

Numa terceira incursão sobre o pós-parto, Anna explorou as dificuldades de amamentação, numa tela com particular significado para a artista.

“Assim que comecei a amamentar comecei a sofrer de depressão e sentimentos negativos sobre mim mesma, sobre a minha maternidade e as minhas conquistas”, confessou. E acrescentou: “Terminei todas as vezes em lágrimas, com deceção e pensei se não estaria a ficar louca. Apenas alguns minutos após o fim, começava a sentir-me melhor.”