Chega na quinta-feira, 7 de março, às salas de cinema nacionais o filme Capitão Marvel, a primeira adaptação de uma banda desenhada da editora norte-americana com uma protagonista. Nos últimos meses, a promoção do filme focou-se na temática do empoderamento feminino associada à estreia de uma super-heroína neste Universo Partilhado. No entanto, a crítica internacional diz que o filme fica aquém das expectativas.
“A matéria-prima está lá toda, mas o filme não tem momentos verdadeiramente emocionantes, ressonantes. As sequências de ação são rotinadas“, pode ler-se na crítica que Esther Zuckerman faz no site Thrillist. No IMDB a pontuação também é baixa: 5,5.
Neste filme protagonizado pela atriz Brie Larson, que venceu o Óscar de Melhor Atriz em 2016 pela prestação em Quarto, a ação decorre nos anos 1990 quando Carol Danvers, uma antiga piloto da Força Aérea, vê o seu ADN ser misturado com o dos kree, uma espécie alienígena. Um acidente que acaba por lhe dar superpoderes.
Capitão Marvel – e não capitã, porque a patente em Portugal só existe no masculino -, a versão feminina do Capitão América, realizada pelos norte-americanos Anna Boden e Ryan Fleck, é o 21º filme da Marvel. O elenco, além de Brie Larson, conta com Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn, Djimon Hounsou, Annette Bening, Jude Law e Gemma Chan.
Um passado de personagens femininas maltratadas
Se olharmos para filmes como Black Widow ou Scarlett Witch vemos que a Marvel não tem por hábito tratar bem as personagens femininas. No primeiro, a personagem de Scarlett Johansson é sempre referida como tendo interesses amorosos pelos protagonistas masculinos. Em Scarlett Witch, por sua vez, o sotaque da Feiticeira Escarlate de Elisabeth Olsen tira-lhe toda a credibilidade.
Em maio de 2017, com Mulher Maravilha, a rival DC conseguiu fazer melhor e surpreender com a mensagem de esperança que transmitiu ao mundo num período de grande intolerância política e religiosa (percorra a galeria de imagens no topo do texto para ficar a conhecer as grande heroínas da Marvel).
No ano seguinte, a Marvel redimiu-se com Black Panther. Além de ter sido o primeiro filme de super-heróis nomeado para Melhor Filme está recheado de personagens femininas notáveis. Okoye, interpretada pela atriz Danai Gurira, é uma delas ao ganhar protagonismo como guarda-costas pessoal do homónimo herói. Agora espera-se que, nos próximos filmes, a Marvel continue a recorrer aos seus “super-poderes” para empoderar as mulheres.
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