Cleópatra tinha “pele branca”, diz Egito em reação a polémica da Netflix

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[Fotografia: Netflix/ Cleopatra/ YouTube]

O Ministério de Antiguidades divulgou na quinta-feira, 27 de abril, um comunicado no qual cita diversos especialistas que afirmam que Cleópatra tinha “pele branca e traços helénicos”. “Os baixos-relevos e estátuas da rainha são as maiores provas”, ressalta o texto.

A resposta surge na sequência da polémica em torno da nova série da plataforma de streaming Netflix, Rainha Cleópatra, que coloca uma atriz negra com protagonista.

O trabalho, produzido por Jada Pinkett Smith, com data de estreia prevista para 10 de maio e cujo trailer pode ser visto abaixo, apresenta-se como “baseado em reconstituições e depoimentos de especialistas”.

Para Mustafa Waziri, chefe de Antiguidades do Egito citado pela agência noticiosa AFP, representar a soberana como uma mulher negra é apenas “uma falsificação da história egípcia”.

Sublinhe-se que antes mesmo da estreia, a obra gerou polémica no Egito. Cerca de 40 mil pessoas assinaram uma petição eletrónica para impedir o lançamento da série, por “falsificação histórica”.

Cleópatra pertencia à dinastia macedónia dos Lágidas, originada no general Ptolomeu, que se tornou rei do Egito após a divisão do império de Alexandre, o Grande. Embora reze a lenda que a rainha, nascida por volta de 69 a.C., gozava de grande beleza, sua aparência e cor de pele não são muito conhecidas. Em 2009, um documentário da BBC afirmava que ela tinha sangue africano.

com AFP