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Conheça os sinais de alerta para o assédio sexual

Fique a conhecer os sinais que a devem deixar em alerta [Fotografia: Shutterstock]
Toques indesejados: A mesma psicóloga e professora em Estudos de Mulheres da Universidade de Windsor vinca que o gesto sem consentimento pode ser um sinal de aviso claro e pode não ser necessariamente sexualizado. [Fotografia: Shutterstock]
Exercício de poder: Se alguém tenta demonstrar alguma forma de poder sobre outra pessoa, isso dar uma indicação à qual se deve prestar atenção. Entre os comportamentos que se enquadram neste tipo de atitude estão, de acordo com a professora Charlene Y. Senn, “os comentários que sexualizam situações comuns” ou “relações que não tem conotação sexual”. [Fotografia: Shutterstock]
Persistência: Não sendo necessariamente de natureza sexual, a insistência por parte de alguém pode ser denunciadora de formas de coação sociais. “Um homem que insiste em fazer algo de determinada forma mesmo sabendo que a pessoa com quem está a recusa essa opção”, explica a professora. [Fotografia: Shutterstock]
Isolamento: O risco de agressão sexual aumenta quando, explica a especialista, uma situação comportamental e circunstâncias coincidem. Um dos exemplos que justifica isto mesmo é o isolamento. Um homem que está na iminência de pisar o risco nesta matéria, já se terá certificado – na medida do possível - que estará sozinho com a mulher. [Fotografia: Shutterstock]

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Mais de uma em cada seis mulheres foi sexualmente assediada durante as suas vidas, sendo que quase sempre conheciam os seus agressores. A idade é também um fator importante, com as raparigas e mulheres com idades entre os 14 e os 24 anos a mais expostas a estes riscos.

Foi com base nestas estatísticas que Charlene Y. Seen, psicóloga e professora em Estudos de Mulheres da Universidade de Windsor, Reino Unido, pôs em marcha um trabalho académico e de campo que serve para melhor caracterizar o comportamento, mas também dar ferramentas para melhor se protegerem.

Na galeria acima fique a conhecer comportamentos de risco que podem indiciar que está perante um possível agressor.

Por cá e de acordo com dados avançados pelo Ministério Público relativos a 2015, foram instauradas mais de 730 queixas relativas ao crime de importunação sexual – que vai desde piropos a contactos de natureza sexual. Os dados relativos ao ano passado da não foram divulgados.

Numa altura em que a #metoo se transforma na corrente que está a levar milhares de mulheres a revelarem episódios de agressão – desde o assédio à mais grave violação – e chegam ao domínio público o caso da cantora Taylor Swift e todas as infindáveis queixas que as estrelas norte-americanas puseram a nu sobre o produtor de cinema Harvey Weinstein, é tempo de olhar para o trabalho daquela investigadora e conhecer os alertas que permitem detetar uma pré-agressão, ainda a uma distância de segurança.


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Shenn dedica-se, atualmente, a ensinar estratégias físicas e emocionais, no âmbito do programa Resistir ao Assédio Sexual, para combater a prática e, com ações de formação que tem dado junto de alunos recém-chegados à universidade – um grupo social mais frágil nesta matéria –, conseguiu, revela o jornal britânico The Independent, reduzir o número de violações para quase metade (46%).

Imagem de destaque: Shutterstock