“Entre 2008 e 2019, Portugal apresentou consistentemente uma tendência invertida da prevalência de excesso de peso e obesidade infantil. Em 2022, esta tendência parece não se confirmar, tendo-se registado um aumento de 2,2 pontos percentuais”. A conclusão está vertida na 6ª ronda do estudo COSI, coordenado em Portugal elo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), e que está a ser apresentado esta terça-feira, 27 de junho.
Olhando ao detalhe e confrontados os valores recolhidos em 2019 e em 2022, já a refletir as eventuais alterações provocadas pela pandemia da covid-19, a prevalência de excesso de peso infantil em 2022 foi de 31,9%, mais “2,2 pontos percentuais”. A obesidade também cresceu 1,6 pontos percentuais no intervalo de três anos acima referidos, estando em 2022 nos 13,5%.
Ou seja, mais de uma em cada dez crianças portuguesas é obesa e três, em igual proporção, têm excesso de peso. Valores que, a nível europeu, colocam Portugal a par da média europeia.
O estudo integrado no sistema de vigilância nutricional infantil integrado no Childhood Obesity Surveillance Initiative, da Organização Mundial da Saúde/Europa, avaliou 6205 crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, entre os 6 e os 8 anos, no ano letivo de 2021/22.
Aumento de peso com a idade
Segundo a mesma análise, “verificou-se continuamente que a prevalência de obesidade infantil aumenta com a idade”. “Em 2022, as crianças de oito anos apresentavam 14,7% comparativamente com as crianças de 6 anos (10,5%)”, lê-se no mesmo estudo que está a ser apresentado e que põe em evidência os novos comportamentos alimentares e de atividade física após a covid-19 e os confinamentos.
E se as meninas estão abaixo dos rapazes nos extremos – no baixo peso e na obesidade – elas tendem a equivaler estatisticamente “na prevalência de excesso de peso infantil”, que foi ligeiramente superior entre raparigas (32,1%) face aos rapazes (31,7%)”, refere a investigação.
[Em atualização]