Cristas já não responde a perguntas sobre conciliação familiar e vida política

“Tomei a decisão de não responder mais a questões sobre como concilio trabalho e família, até ao momento em que essa mesma questão seja colocada aos homens que são pais e têm uma vida profissional e pública ativa”, anunciou a líder do CDS-PP no discurso de encerramento do congresso partidário que teve lugar este fim de semana, 10 e 11 de março, em Lamego.

Assunção Cristas quer ver a igualdade de género a impor-se no terreno e quer ser voz ativa disso mesmo. A presidente do CDS-PP quer transformar esta matéria numa bandeira do partido que lidera e para o qual nomeou 1/3 de mulheres na nova Comissão Executiva (leia mais aqui).

Uma decisão que configura um aumento face à anterior disposição de lugares, que era de 20%. Assim sendo, a nova estrutura conta com os nomes da deputada Isabel Galriça Neto, de Graça Canto Moniz e da politóloga Raquel Vaz Pinto, esta também nomeada para integrar a lista para as Europeias.

O mesmo órgão mantém como vice-presidentes Nuno Melo, Adolfo Mesquita Nunes e Cecília Meireles. Mantêm-se também Álvaro Castelo Branco, Domingos Doutel, Filipe Anacoreta Correia e Ana Rita Bessa. João Rebelo assumirá a coordenação autárquica, Nuno Magalhães será líder parlamentar, Pedro Morais Soares liderará a secretaria-geral.

Na galeria acima, fique a conhecer as principais medidas propostas pela líder centrista em matéria de igualdade de género e que passam por, entre outras, promover políticas de parentalidade, com maior envolvimento dos pais, e promover a conciliação entre o trabalho e a família.

“É tempo de mudar e estou convencida que uma parte muito substancial da questão tem precisamente a ver com a compatibilização trabalho/família e o papel dos homens nesta equação”, afirmou Cristas no discurso, justificando, assim, as opções que está a tomar.

A líder centrista considerou ainda que não é possível “continuar a ter um país em que mais de metade da população são mulheres”, em que 61% do ensino superior é frequentado por mulheres e que estão ainda, contudo, distantes de uma representação paritária na esfera política e “na direção das empresas e instituições”.

Imagem de destaque: Global Imagens

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