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Dia da saúde mental: vá o médico sem pôr a família em insolvência

Percorra a galeria e fique a conhecer algumas das possibilidades de acesso a psicologia a preços mais em conta [Fotografia: Shutterstock]
Algumas faculdades de Psicologia do país disponibilizam consultas sobretudo vocacionadas para a comunidade escolar, mas também são abertas à sociedade. Os terapeutas são, frequentemente, alunos de mestrado e as consultas por vezes são gratuitas, outras são a preços muito acessíveis. Pelo que o Delas.pt pôde apurar, as listas de espera são longas. Em Lisboa, há consultas no Instituto Superior de Psicologia Aplicada e na Universidade Lusíada. [Fotografia: Shutterstock]
No Porto, há várias alternativas e a FCEUP é uma delas. Coimbra também não fica atrás. Mas nada como contactar as universidades que ministram a licenciatura e mestrado, perguntar disponibilidade e preços. Algumas tabelas podem ser consultadas na Internet. [Fotografia: Shutterstock]
Saúde: Em abril último, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, tinha anunciado a contratação de 31 novos psicólogos para o Serviço Nacional de Saúde, ao nível dos cuidados primários, um número que poderia vir a crescer até aos 55 e tendo como horizonte o fim deste ano. Especialistas que iriam estar disponíveis nos Agrupamentos de Centros de Saúde (55 em Portugal) e pelo custo de uma taça moderadora (4,5 euros). Ao que o Delas.pt pôde apurar, há já psicólogos a trabalhar neste regime, por exemplo, de Oeiras e Algés. É importante contactar o centro da área de residência para perceber que opções existem.[Fotografia: Shutterstock]
Educação: O rácio ainda está longe de ser benéfico. Há, nesta fase, um especialista por cada agrupamento escolar - o que representa um terapeuta por três e quatro escolas. "Neste momento, um psicólogo escolar deve andar pelos recreios e pelos refeitórios e perceber se há um ou outro aluno que esteja mais vulnerável, e isso não é suficiente", refere um especialista contactado pelo Delas.pt. Lembra ainda que estes psicólogos têm estado mais direcionados para testes psicotécnicos do que para apoio psicológico propriamente dito. Já há propostas no sentido de alterar esta realidade. Porém, acreditamos que se um aluno precisar de ajuda, falar com esse mesmo terapeuta pode ser um bom ponto de partida. E em conta para a carteira [Fotografia: Shutterstock]
Privados: É importante vincar que parte dos especialistas e clínicas preveem a possibilidade de um utente - mediante eventual desemprego ou insuficiência económica comprovada - continuar a ter acesso a tratamentos, a preços mais em conta. Não deixe de ir ao psicólogo sem antes, pelo menos, fazer esta pergunta ao seu terapeuta. Não garantimos que esta opção aconteça em todos os sítios, mas o importante é não se envergonhar, porque foram os próprios especialistas que explicaram isto mesmo ao delas.pt. [Fotografia: Shutterstock]

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Nem sempre é preciso estar no limite para reconhecer que é preciso ajuda. No caso da Saúde Mental, a regra é, aliás, exatamente a contrária: a indicação é a de que não se deve deixar que se cruze a fina linha entre o bem-estar e o desespero.

No entanto, também é certo que, hoje em dia, ir ao psicólogo é olhado como uma necessidade cara, geralmente pouco acessível às bolsas dos portugueses.

Há consultas para todas as carteiras, mas também há alternativas mais em conta. Por isso, no dia Mundial do Psicólogo, que se assinala este domingo, 27 de agosto, o Delas.pt foi à procura de entidades que promovem a saúde e a higiene mental a preços mais acessíveis. Isto no dia em que se evoca a Sáude mental num plano Internacional , esta terça-feira, 10 de outubro.

Na galeria acima ficará a conhecer algumas das alternativas atualmente em vigor, mas também novas medidas que estão a ser implementadas este ano e que passam por ter mais especialistas disponíveis para a comunidade: nos centros de saúde e nas escolas. Mas há entidades e universidades que já o fazem.

Alternativas que devem ser dadas a conhecer uma vez que, para lá dos preços das consultas – que operam na sua maioria no setor privado -, a Saúde Mental é uma das áreas clínicas menos cobertas pelos seguros de saúde em Portugal. E também estes exigem encargos, podem ser onerosos e não garantem a cobertura de todas as especialidades.

De acordo com os dados divulgados pela Lusa, em abril, eram residuais as apólices que cobriam serviços de pedopsiquiatria, pediatria do desenvolvimento, psiquiatria ou psicologia. No final do ano passado – e segundo o estudo Basef Seguros (de referência para o setor), da Marktest -, os portugueses beneficiários de seguro de saúde ultrapassavam os dois milhões, ou seja, 1/5 da população nacional. Dava-se, então, conta de que, apesar de haver um crescimento do setor, a maioria das apólices de seguro de saúde não cobria os serviços na área da saúde mental.

2017: o ano do combate à depressão

Recorde-se que este foi o ano que Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou para o combate à depressão. Os números de incidência da doença justificam o porquê desta opção.

Em Portugal, a OMS estima que cerca de um milhão de portugueses sofra de depressão ou ansiedade, atingindo todas as idades, tendo sido já correlacionado um aumento da doença decorrente dos anos de crise económica e social que o país viveu recentemente.


Leia mais sobre a depressão, ansiedade e as doenças em que as mulheres são as mais afetadas


Não é mistério que a depressão se trata de uma doença que atinge em larga escala as mulheres e o quadro agrava-se quando se percebe que são precisos, em média, cinco anos para que se inicie tratamento médico, após detetadas as primeiras sintomatologias.

Imagem de destaque: Shutterstock