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Diga não às compras compulsivas

Saiba como controlar os impulsos consumistas. É só clicar nas setas.
- Mantenha um diário consigo e sempre que sentir vontade de comprar, escreva o que fez com que esta surgisse. O "gatilho" pode ser um ambiente, um amigo, um anúncio ou um sentimento (como a raiva, a vergonha ou o tédio).
- Faça uma lista do que pretende comprar antes de sair de casa e não abra exceções;
- Analise os descontos e promoções ao detalhe. Podem refletir-se na poupança imediata de um cêntimo (o que provoca apenas um efeito psicológico) ou mesmo não passarem de manobras de marketing desonestas.
- Deixe os cartões de crédito em casa. A compra impulsiva é ativada pelo desejo de um momento prazeroso. Regra geral, se aguentar durante 15 a 30 minutos, a ansiedade acaba por se dissipar assim como a vontade de comprar.
- Pague as compras em numerário. Ver na mão o dinheiro que está a gastar ajuda a dar uma visão mais apurada da realidade. Faça o exercício também de pensar quantas horas de trabalho tem que fazer para ganhar o que está prestes a gastar.
- Se for aos saldos, use a mesma estratégia de como se fosse jogar nas máquinas do casino. Leve uma quantia de dinheiro certo para gastar e deixe os seus cartões em casa.
- Quando sair para “ver montras” deixe a carteira em casa.
- Evite assistir a programas de televendas e comprar por telefone.
- Dê um passeio ou faça exercício físico quando sentir vontade urgente em comprar algo indefinível (ou seja, que provavelmente não necessitará).

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A 28 dias do fim dos saldos, os preços estão cada vez mais baixos o que torna mais difícil resistir ao impulso de comprar belas pechinchas.

Comprar sabe bem e faz ainda melhor. Até certo ponto. Quando feitas de forma ponderada e moderada, as compras incrementam o bem-estar e dão-nos a sensação de autorrealização, já o comprovaram vários estudos. Estamos a mimar-nos e cuidar de nós com o fruto do nosso trabalho. No entanto, se forem feitas de forma compulsiva, podem levar ao endividamento (são já 350 milhões euros o valor que os portugueses ficam a dever aos bancos a cada mês). E, mesmo que não se precise de crédito, as compras “nunca devem ser realizadas como compensação de uma sensação, emoção ou sentimentos negativos como a tristeza, a raiva ou o medo, culpa ou a solidão. De outro modo, este prazer pode tornar-se patológico e prejudicial”, alerta o psicólogo Miguel Gonçalves. “E compulsivo”, acrescenta.

Quem compra compulsivamente, fá-lo para aumentar a autoestima ou curar feridas ou minimizar desapontamentos. Regra geral este comportamento que se estima atingir entre três a cinco por cento das mulheres dos países desenvolvidos acaba por aumentar o mal-estar, a médio longo prazo, criando ansiedade, angústia e sentimentos de culpa, provocados pelo descontrolo financeiro que acaba por daí advir. E, numa situação extrema, pode mesmo conduzir a um distúrbio classificado como oniomania – uma patologia psicológica preocupante.

Saiba, por isso, como evitar cair em excessos, seguindo estas dicas, úteis sobretudo em época de saldos. Veja a galeria!

Sara Raquel Silva

Oniomania: quando se vive em função das compras