E se parasse de trabalhar hoje e até ao fim do ano?

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[Fotografia: Pexels/Fauxels]

O dia Nacional da Igualdade Salarial que se assinala esta terça, 14 de novembro, indica que, tendo em conta as diferenças salariais entre mulheres e homens, elas começam a trabalhar sem receber a partir desse mesmo dia. Por isso, visto de uma outra perspetiva, as mulheres podiam parar de trabalhar já esta terça-feira. Apesar de ser uma evolução positiva de um dia face a 2022, ainda há muito caminho para andar: as mulheres recebem menos 150,30 euros do que os homens todos os meses. Disparidades que aumentam com a ascensão na carreira, e tudo isto sem contar, claro, todo o trabalho doméstico que está, na sua larga maioria, nos ombros delas.

“Apesar desta data não ser fixa, os dados mais recentes revelam que a disparidade salarial entre homens e mulheres corresponde a 48 dias de trabalho pagos aos homens, mas não pagos às mulheres. A diferença salarial entre géneros tem vindo a diminuir, no entanto, as mulheres ainda ganham menos 13,1%, ou seja, 150,30 euros do que os homens”, refere o comunicado enviado pela Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE).

Uma diferença que quase quadruplica quando elas e eles estão em cargos de chefia. Segundo a mesma nota, “mulheres em cargos de topo ganham menos 593,30 euros do que os homens, e entre pessoas com ensino superior, a diferença é de 504,90 euros”.

Este ano, a CITE revela que vai entregar “o Selo da Igualdade Salarial a 14.114 empresas, com um total 29.5661 trabalhadores, que promovem a igualdade salarial entre mulheres e homens em Portugal”, avança fonte oficial do organismo.

Esta atribuição, explica ainda a mesma nota “é feita com base nos balanços salariais por empresa que todas as empresas submetem no Relatório Único, visa premiar as que têm mais do que um trabalhador e que, possuindo um rácio igual ou superior a um terço do sexo menos representado apresentam uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens entre 1% e -1%”.