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Ensino Superior tem até 2022 para promover igualdade de género

Conheça os 12 princípios da Carta agora aprovada no sentido de promover maior diversidade no meio académico, profissional e pessoal de apoio e nas estruturas de gestão das instituições [Fotografias: Shutterstock]
1. Melhorar o equilíbrio de género a todos os níveis das carreiras académicas, na gestão institucional e na tomada de decisões, e entre o publico e a funções e papéis de maior visibilidade
2. Implementar práticas de Recursos Humanos que atraiam e promovam os melhores talentos na sua diversidade que não discriminem com base no género ou a outros níveis
Eliminar a disparidade salarial
Procurar a diversidade e igualdade de género nas oportunidades de pesquisa e de financiamento
5. Alcançar o equilíbrio e a equidade de género nos painéis de avaliação de subsídios, projetos institucionais e de pesquisa
Integrar a consciencialização sobre igualdade de género e melhores práticas nas operações diárias das instituições
Incorporar a igualdade e diversidade de géneros nas declarações estratégicas das instituições
Promover políticas favoráveis à família e equilíbrio entre vida profissional e familiar
Promover estudos de género em todas as disciplinas para produzir conhecimento que fomente mudanças culturais, sociais e políticas nas normas de género
Partilhar conhecimento sobre igualdade de género e diversidade nas instituições e incorporar a igualdade de género e diversidade na formação de pessoal académico e profissional
Incorporar práticas, processos e procedimentos sensíveis ao género na pesquisa, ao mesmo tempo em que se aborda as barreiras à participação igual de todos os géneros na pesquisa e na tomada de decisões
Erradicar o bullying, o assédio sexual e moral das instituições

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Num universo cada vez mais dominado pelo sexo feminino no plano dos estudantes e que compõe quase metade dos corpos docentes, certo é que os cargos de topo nas instituições universitárias e politécnicos não refletem essa proporção no que às mulheres diz respeito. Um estudo elaborado pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa em maio último fala mesmo em apenas 13% das entidades de ensino superior portuguesas estarem nas mãos de mulheres.

Ora, é essa a tendência que se pretende inverter, tendo sido estabelecido um horizonte de cerca de quatro anos, até 2022. Um caminho que dever ser feito pelo “reforço de carreiras”, garantindo “50% do corpo docente de carreira, nomeadamente professores catedráticos e associados, nas universidades, e professores coordenadores, nos politécnicos”. As declarações são do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Estas intenções foram deixadas claras pelo governante na cerimónia de apresentação do Plano para a Igualdade do ISCTE-IUL e da Carta de Princípios para a Igualdade no Ensino Superior, cujos detalhes pode ficar a conhecer na galeria acima.

Para a secretária de Estado, Rosa Monteiro, “não interessa apenas a representação descritiva de mais mulheres em lugares de decisão nas universidades, mas também uma representação substantiva”. A governante pede que “as organizações mudem e se transformem, que promovam mais a conciliação, reconhecendo aquilo que são as especificidades e as dificuldades de vida resultantes das sobrecargas que persistem nas vidas das mulheres e dos homens”.

A adoção destas intenções integram o projeto SAGE [Ação Sistémica para a Igualdade de Género, em tradução literal], um consórcio composto por sete universidades europeias, coordenado pelo Trinity College Dublin – Trinity Center for Gender Equality and Leadership, e financiado pelo programa Horizonte 2020.

Em Portugal, a investigadora Lígia Amâncio, coordenadora do referido projeto pelo ISCTE-IUL, considerou o “momento como fundamental para divulgação dos vários projetos europeus que, em diversas universidades portuguesas, trabalham com semelhante interesse e empenho para tomar medidas que combatam os desequilíbrios de género e promovam o conhecimento sobre género no ensino superior”, lê-se em comunicado enviado às redações.

Imagem de destaque: Shutterstock

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