Luís Borges reestrutura marca Call Me Gorgeous após registo que acusa ser de “má fé” e “abuso”

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Desfile de Luis Borges para a Call Me Gorgeous na moda Lisboa outono/inverno 2022/23 [Fotografia: Rita Chantre / Global Imagens]

“Má fé” e “abuso de direito”, denuncia o manequim Luís Borges e a equipa jurídica dele nesta segunda-feira, 15 de abril, em comunicado emitido pelo próprio nas redes sociais e enviado às redações.

Em causa, alegam, está o facto de a “sociedade Essence Flow, Lda” estar em “em abuso de direito, na tentativa de explorar indevidamente a ausência de registo formal da marca pela Call Me Gorgeous Unipessoal Lda., junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o intuito de obter benefícios ilícitos, conforme poderá ser facilmente demonstrado às autoridades competentes”, lê-se na nota.

Desfile de Luis Borges para a Call Me Gorgeous na Moda Lisboa outono/inverno 2022/23 [Fotografia: Rita Chantre / Global Imagens]
Ao detalhe, descrevem, “a 16 de março de 2024, a Call Me Gorgeous Unipessoal Lda recebeu uma notificação, via e-mail, por parte do representante da sociedade Essence Flow, Lda, informando sobre o registo da marca comercial Call Me Gorgeous, realizado por esta última e concedido a 31 de dezembro de 2023 pelo INPI, abrangendo as classes 14, 16, 18 e 25”. Ou seja, operando em áreas como joalharia, relojoaria, papel, cartão, fotografias, encadernação, couros e vestuário para animais e vestuário, calçado e chapelaria.

 

Ora, para Luís Borges – tendo em conta o histórico da marca que constituiu comercialmente “a 29 de julho de 2021” e com vários eventos publicamente conhecidos nos últimos quase quatro anos, este registo com o qual é agora confrontado “foi efetuado de má-fé”, acusa.

Acrescenta, “antecipando o eventual desenrolar dos processos judiciais cuja instauração tem sido ameaçada pelo representante da Essence Flow, Lda, a Call Me Gorgeous Unipessoal Lda. decidiu suspender temporariamente as suas atividades públicas, com o intuito de permitir a reestruturação do projeto criativo de Luís Borges e a organização e apresentação da sua defesa e da competente queixa contra a Essence Flow”.

O comunicado refere ainda que esta empresa já apresentou uma denúncia contra a página de Instagram da Call Me Gorgeous Unipessoal Lda”, o que resultou na “suspensão” e “na impossibilidade de utilização desta até decisão final por parte da plataforma”.

 

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No comunicado, Luís Borges desfia o histórico da sua marca para provar que já operava, mesmo sem registo de propriedade industrial, ainda antes deste novo caso com o qual é confrontado.

A “29 de julho de 2021, foi constituída a sociedade comercial denominada Call Me Gorgeous Unipessoal Lda (NIPC: 516555359), cujo único sócio é Luís Filipe Semedo Borges. O objeto social desta sociedade abarca as áreas como ‘Comércio, importação e exportação, de vestuário, acessórios de moda, calçado e de outros artigos complementares. Comércio via internet, prestação de serviços de modelo e imagem, publicidade. Organização de eventos’ No âmbito da atividade desta sociedade comercial, foi criado um projeto criativo de produção e comercialização de bijuteria, partilhando o mesmo nome (Call Me Gorgeous Unipessoal) o qual foi comunicado publicamente a partir de 15 de agosto de 2021”, descreve o manequim na nota divulgada nesta segunda-feira, 15 de abril.

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Luis Borges no lançamento da coleção B488 [Fotografia: Dvulgação]
[Fotografia: Divulgação/Rui Valido]
A empresa cresceu, teve cobertura noticiosa e manteve, refere o também empresário, a “identidade provocadora e os valores do projeto, na organização de ações com elevada exposição mediática, na participação em eventos de renome no setor de moda e comércio, como a ModaLisboa | Lisboa Fashion Week e o Winter Stylista Market, bem como na criação de oportunidades para a comunidade, como o ‘Casting Aberto’ para o desfile na ModaLisboa, e, mais recentemente, na inauguração da sua primeira loja física, em Lisboa”, enumera. Um percurso que agora tem de ser interrompido até clarificação do processo.