Publicidade Continue a leitura a seguir

Este ano o Salão do Móvel de Milão é delas

1. Aparador Elizabeth, por Nathalie Dewez para a De Castelli. A frente em cobre rosa e plissado faz esquecer que tudo isto é metálico e não lurex. O topo tem pequenas paredes, para largar tralha miúda. 121x32x100cm.
2. Sofá e poltrona Ada, por Mónica Braga dos Santos para a Sentta. A menina dos pratos Serendipity que caíram no goto à Wallpaper e à Vogue Brazil na última Ambiente Frankfurt vem a Milão com uma nova marca.
3. Biombo Painting, por Alessandra Baldereschi para a De Castelli, 212x32x190cm.
4. Sofá Button, pelas meninas da Front Design para a Swedese. As designers buscaram nos arquivos da marca todos os essenciais do coração do desenho escandinavo. Este sofá representa essa súmula.
5. Coberta Dyed Wooden, por Elisa Strozyk, base têxtil coberta de segmentos de madeira de bordo tingida.
6. Armário Polifemo, por Elena Salmistraro para a De Castelli, um ciclope de um gigantesco olho apenas e longas pernas. 83x31x150cm.
7. Cadeira State, e Cláudia Melo, a designer da Mambo e destas peças, e banco Mary.
8. Estante Volte, por Costance Guisset para a De Castelli. É uma peça que faz antever o regresso a sério (não apenas para os modanti), dos anos 80/90. Nessa altura qualquer grande superfície vendia este tipo de formato. 70x42x174cm.
9. Lustre Candelabro, por Marivi Calvo para a LZF. Um cocktail dos desenhos icónicos da marca, todos juntos na mesma peça, mais passarinhos, tudo em fita de madeira de faia.
10. A grande Patricia Urquiola, com este sofá Beam para a Cassina. Mas podiam ser tantos, de tantas marcas e todos bons.
11. Móvel Longing, por Nika Zupank para a De Castelli. Foi desenhado como um ‘armário dos desejos’, a pensar no móveis onde as mães escondem os doces e as bolachas. Cada compartimento tem uma chave. 150x47x177cm.
12. Candeeiro Voie Lights – The Stone Edition, por Sabine Marcelis para a exposição “Marble Metters”, com curadoria da Bloc, no espaço Martini Gamboni, um dos excelentes espaços do Salão Satélite.
13. Coleção de mesas de apoio Scribble, por Francesca Lanzavecchia, para a De Castelli. Nas palavras da própria Francesca “nem tudo o que luz é ouro. Pode ser cobre, latão e ferro.” Em forma de acentos e sinais de pontuação.
14. Paola Navone pode já aparecer a desenhar o que quiser para quem lhe apetecer. Merece. Mas se esta linha fish&fish para a Serax fosse só aquilo que lhe apetecesse fazer, já era ótimo.
15. Candeeiro de mesa, chão e portátil Picnic, pelas meninas Belén, Inelén e Cristina da Macalula, a mais recente adenda da coleção 100% madeira da LZF.
16. Mesa Vomere, por Donata Paruccini, para a De Castelli. A forma da mesa tenta, em movimento, contrariar o peso do metal, seu material. 190x98x75cm.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Já está a decorrer a feira de mobiliário mais famosa do mundo. O Salone del Mobile Milano é a meca onde ruma toda a gente à procura das novidades mais esperadas do mercado. É piroso dizer, mas quem é alguém vai estar em Milão; não são só as marcas produtoras, são também os designers, os decanos e os estreantes, ainda de cintura fina e sorriso pronto para as câmaras, artistas, lojistas, decoradores, arquitetos, todos aqueles a quem vivermos bem diz respeito.

O Salão do Móvel são muitas feiras numa: ao mesmo tempo decorrerá a Euroluce, virada apenas para as iluminações, as de interior, exterior e técnica, o Salão dos Complementos, ou seja tudo o que na decoração não é mobília mas é o resto, o novo Workplace 3.0, onde mais que conhecer o que já existe, se projetarão as necessidades e desejos para os espaços de trabalho. E para mim o melhor de todos, o Salão Satélite, para todos os fora-da-caixa que não cabem em nenhuma das anteriores categorias.

Em toda a cidade se tira partido dos curtos dias do Salone e cada boa loja e galeria se engalanam e decoram a pensar nos influentes que lhes possam cruzar as montras.

As mulheres desenhadoras são desde sempre presença no Salão, naturalmente. Mas neste de 2017 algumas marcas puxam pela questão de género e tentam mostrar como estão abertos a esta questão. Especialmente a De Castelli, uma favorita desde sempre na produção de mobiliário metálico, que apresenta a coleção Tracing Identity, desenhada apenas por mulheres, demonstrando que até o frio e rijo metal se dobra perante elas.

Mas para além das sete valquírias metálicas da De Castelli, são muitas as designers que se podem ver até dia 9 em Milão. E duas portuguesas que são um orgulho.