A Universidade de Cambridge coordenou um estudo em que percebeu que sete em cada dez pessoas que tiveram Covid-19 luta contra sintomas da doença que se estão a prolongar para lá do período de infeção.
Três em cada quatro pessoas inquiridas não conseguem mesmo trabalhar devido a perdas de memória e falta de concentração, tendo sido reportado como caso grave.
A autora do estudo e especialista Lucy Cheke referiu, em comunicado, que a longo prazo a Covid-19 pode ter um impacto muito grande no processo cognitivo das pessoas que estiveram infetadas.
Os investigadores comparam mesmo as consequências da Covid-19 à doença de Alzheimer. Segundo o especialista Muzaffer Kaser, a infeção causada pelo vírus inflama o corpo e essa inflamação pode causar danos no desempenho cognitivo.
“É importante que as pessoas procurem ajuda casos os sintomas de Covid-19 persistam no sistema, após a infeção”, alertou a mesma especialista ao site Studyfinds.
No estudo, que avaliou 181 inquiridos, percebeu-se que 78% relataram dificuldade em concentrar-se, 69% afirmou ter sentido uma “névoa cerebral”, 68% teve de esquecimento e três em cada cinco encontraram problemas em lembrar-se de palavras.
