
Só arranca na RTP Memória a 20 de abril, mas o ensino básico lecionado pela televisão já começou a ser gravado nos estúdios da RTP, em Lisboa, há quase uma semana.
Esta quarta-feira, 15 de abril, as portas abriram-se e foi possível ficar a conhecer um pouco mais do que aí vem. A aula estava a ser dada por Ana Melo, professora no Agrupamento de Escolas de Alcanena, que estava a lecionar matéria do módulo de Ciências da Natureza para 7 e 8º ano.
A grelha de o#estudoemcasa, cujo horário é das 9h00 às 17h50 e pode ser consultado aqui, está organizada por anos e escolaridade, com os alunos do 1º ao 6º ano a terem disciplinas da parte da manhã e os do 7º ao 9º ficam com o período da tarde.
Mas para lá da televisão – e para as famílias que têm recursos tecnológicos – vai ser criada uma aplicação de telemóvel com todos os conteúdos produzidos e emitidos ao abrigo de #estudoemcasa.
“Acreditamos que na segunda-feira, [20 de abril, data de arranque das emissões] já tenhamos a app disponível, está na fase de aprovações comerciais e vai manter o mesmo nome #estudoemcasa”, refere Gonçalo Madaíl. O diretor da RTP Memória, do Centro de Inovação da estação pública e subdiretor da RTP1 afirma ao Delas.pt que os conteúdos lecionados vão estar disponíveis online e podem ser pesquisados como se de um motor de busca se tratasse. “Por anos letivos, por disciplinas, por conteúdos e vai estar disponível no endereço rtp.pt/estudoemcasa”, esclarece.
No que diz respeito à escolha dos rostos para as aulas – maioritariamente femininos -, o diretor da RTP Memória explica que a mesma não foi feita pela estação pública. “Foi a Direção-Geral de Educação que a fez e creio que terá havido uma mistura entre algum voluntarismo e de profissionais em escolas onde há já alguma preparação. Foi uma mistura de vários critérios e que tiveram de ser resolvidos numa semana e meia“, justifica o também subdiretor da RTP1, que antecipa, sorrindo: “É já evidente o talento de alguns deles para a televisão”.
“Neste momento estamos a gravar oito a dez módulos por dia, sempre cumprindo a desinfeção do estúdio entre as gravações, mas gostaríamos de chegar aos 12, 13“, antecipa Gonçalo Madaíl, procurando assim ter material disponível em stock.


“O cenário é amovível e tem um ecrã gigante com grande definição para que os professores possam projetar os trabalhos que necessitam. Há ainda um quadro interativo e áreas com secretárias”.
A escolha assentou na simplicidade para tentar não cansar. Afinal, serão quase três meses diante do mesmo palco. No entanto, o responsável admite que possam vir a existir alterações. “Temos de ir equacionando isto à medida que vamos fazendo, tudo isto é muito progressivo e só nas próximas semanas podemos ir acautelando o que for necessário”, acrescenta o responsável.
Os custos da operação são suportados pela RTP e não foram revelados, mas os responsáveis asseguram que estão longe de valores exorbitantes.
“Os custos do projeto e da produção estão a ser suportados pela RTP, por decisão da própria empresa, e tem cabimento orçamental para o efeito”, diz Gonçalo Madaíl, não adiantando valores. “Não estamos a falar de nada de milionário”, sublinha, afirmando que “as estimativas e os números reais devem chegar dentro de semanas”.
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