Europeu de futsal feminino: Portuga perde nos penalties, Espanha revalida título

UEFA Women's Futsal EURO: Portugal vs Spain
[Fotografia: MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA]

Portugal falhou este domingo, 3 de julho, pela segunda vez seguida a conquista do Europeu de futsal feminino em Gondomar, ao perder nos penáltis frente à campeã Espanha, por 4-1, após 2-2 no tempo regulamentar e 3-3 no prolongamento da final.

Um ‘bis’ de Ale de Paz anulou os golos lusos de Ana Azevedo e Pisko e levou o encontro para o prolongamento, fase em que María Sanz ainda adiantou a ‘roja’, numa vantagem desfeita por Pisko, forçando a decisão através de conversões da marca dos seis metros.

A eficácia das espanholas Peque, Amelia Romero, Mayte e Irene Córdoba aliou-se às defesas da guarda-redes de Silvia Aguete perante Ana Azevedo e Ana Pires, de nada valendo o castigo máximo de Carla Vanessa, para frustração da formação das ‘quinas’.

Portugal, que desaproveitou três livres de 10 metros no prolongamento, voltou a perder uma final com a Espanha, três anos depois da derrota em 2017 (4-0), numa edição em que a Ucrânia alcançou a medalha de bronze, ao derrotar horas antes a Hungria (2-1).

Com lotação esgotada e vários convidados ilustres nas bancadas do Pavilhão Multiusos de Gondomar, o duelo arrancou repleto de cautelas defensivas mútuas e com equilíbrio patente na zona central da quadra, sendo desbloqueado aos 12 minutos pelas anfitriãs.

Depois de ter perdido dois duelos apenas com a guarda-redes Silvia Aguete pela frente, Ana Azevedo desarmou Irene Córdoba e partiu em contra-ataque para a baliza da ‘roja’, descobrindo na direita Fifó, que devolveu a bola à capitã para o primeiro golo da tarde.

A formação de Luís Conceição sacudia com êxito a pressão inicial da ‘roja’, que sentiu dificuldades para destapar os espaços onde costuma ser letal – à exceção de uma ‘mancha’ de Ana Catarina ante María Sanz -, voltando a ameaçar por Carla Vanessa.

Portugal dobrou a vantagem aos 19 minutos, graças a um desvio oportuno de Pisko, na sequência de uma reposição lateral trabalhada por Cátia Morgado e Janice Silva, cujo passe forçado a 26 segundos do intervalo abriria alas ao ‘tiro’ certeiro de Ale de Paz.

A qualidade do desempenho nacional justificava uma diferença superior a caminho dos balneários, mas esse inesperado revés catalisou uma revigorada Espanha ao longo da segunda etapa, remetendo com maior velocidade o rival ibérico às tarefas defensivas.

Se Inês Fernandes e Mayte enviaram bolas aos ferros das balizas, Ana Catarina deteve investidas das irmãs Laura e Irene Córdoba, Dany e Noelia Montoro, adiando o golo da igualdade, que Ale de Paz materializaria com novo pontapé ao ângulo, aos 35 minutos.

A equipa de Clàudia Pons beneficiava do desnorte da formação das ‘quinas’ e deixou o encontro entregue a instantes finais eletrizantes, que reuniram emoção e ocasiões nas duas áreas, sem evitar o recurso a um prolongamento desenvolvido com cariz idêntico.

A partir da quinta falta da Espanha, Portugal foi vacilando em cobranças de livres de 10 metros – Silvia Aguete agigantou-se perante Carla Vanessa e Pisko, que ainda falharia o alvo -, e sofreu a reviravolta por María Sanz, após canto de Ana Luján, aos 44 minutos.

Com três minutos restantes no cronómetro, Pisko envergou a camisola de guarda-redes avançada e ‘carimbou’ o empate a três bolas aos 49 minutos, a passe de Janice Silva, guiando o desfecho da segunda edição do Europeu para uma infeliz ‘lotaria’ de penáltis.