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Famílias mais pobres com dificuldade acrescida para fazer face ao aumento do custo de vida

[Fotografia: Pexels/Alex Green]

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O Banco de Portugal (BdP) considera que as famílias endividadas de menor rendimento terão, este ano, dificuldade em fazer face ao aumento dos preços dos alimentos e da energia e das taxas de juro.

Na publicação Economia numa imagem, divulgada esta sexta-feira, 6 de janeiro, o BdP indica o impacto nos orçamentos familiares da subida da inflação e das taxas de juro, concluindo que o impacto é diferente consoante as famílias, sendo maior nas famílias mais pobres.

“O impacto do aumento acentuado dos preços dos bens alimentares e energéticos é mais marcado para as famílias de menor rendimento, refletindo o maior peso destes bens no seu cabaz de consumo”, refere o banco central, acrescentando que as famílias com dívidas a taxa variável, caso dos créditos à habitação, “são especialmente afetadas pelo choque de taxa de juro”.
Segundo o BdP, cerca de 30% do total de agregados familiares tem dívida a taxa variável.

Utilizando informação dos inquéritos às famílias, o Banco de Portugal projeta, para este ano, um aumento médio do rendimento disponível das famílias endividadas em torno de 6%. Para as famílias endividadas de maior rendimento, esse aumento do rendimento “permite manter o volume de consumo de bens alimentares e energéticos e satisfazer o serviço da dívida, sem pôr em causa outro tipo de despesas”, refere o BdP.

Contudo, já para as famílias endividadas de menor rendimento “a variação média do rendimento não cobre os aumentos da despesa em bens alimentares e energéticos e do serviço da dívida, implicando um ajustamento mais exigente”.

LUSA