Regresso às aulas a 10 de janeiro? Essa pode vir a não ser bem a realidade: “Vamos ver”, respondeu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas em entrevista à CNN Portugal. A responsável afirma que, tendo em conta a evolução de contágio da nova vaga de covid-19 provocada pela variante Ómicron, serão tomadas “as medidas que serão necessárias” para debelar volume de contágios.
A responsável deixa em aberto a eventualidade de as medidas da semana de contenção, previstas para terminarem a 10 de janeiro, poderem estender-se, findo esse período. “É prematuro dizer que vão cair todas a 10 de janeiro”. “Não podemos baixar a guarda perante este vírus. Não me parece uma boa ideia retirar todas as medidas de contenção, porque não queremos concentrar muitos casos no mesmo período”, vinca.
Já nesta manhã de sexta-feira, 31 de dezembro, a diretora-geral da Saúde apelou aos pais para autoagendarem a vacinação dos seus filhos entre 6 e 9 de janeiro, período em que os centros de vacinação covid-19 estarão dedicados às crianças, para evitar esperas e ansiedade desnecessárias. Nesse período, que começa no Dia de Reis, todos os centros de vacinação vão estar “inteiramente dedicados à vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos“, para ser “um processo controlado de afluência normal” a estes espaços, afirmou Graça Freitas, em declarações à agência Lusa.
Segundo a diretora-geral, já há pais a fazer o autoagendamento, mas o apelo é para que “o façam ainda mais” porque há capacidade e vacinas suficientes para vacinar todas as crianças dos 5 aos 11 anos. Este será o segundo período destinado exclusivamente à vacinação de menores, depois de mais de 95 mil crianças entre os 9 e os 11 anos terem recebido a primeira dose da vacina pediátrica da Pfizer no fim de semana de 18 e 19 deste mês. Segundo o planeamento da “task force”, a vacinação da segunda dose para as crianças abaixo dos 12 anos deverá acontecer entre os dias 5 de fevereiro e 13 de março.
Graça Freitas vincou, em entrevista na quinta-feira, 30 de dezembro, que as crianças não vacinadas não serão discriminadas. “As crianças vão voltar todas às aulas. Se houver casos positivos nas escolas, seja de adultos ou de crianças, as autoridades de saúde têm de tomar as medidas que consideram necessárias e “avaliar o risco a que cada aluno está sujeita”, defendeu.