Por dia, há mais 113 mulheres do que homens a caírem no desemprego

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[Fotografia: Pexels/ Sarah Chai]

Os números do desempregados inscritos em Portugal continuam a crescer e pelo sétimo mês consecutivo. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, 20 de fevereiro, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), há mais 17.394 novos cidadãos registados, na sua ampla maioria mulheres, em apenas um mês.

Segundo as estatísticas divulgadas por aquele organismo, entraram, entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, nos registos do desemprego 10.469 novas mulheres e 6.925 homens. Resultados que agigantam ainda mais as diferenças, acelerando a desvantagem das mulheres, com mais 3544 a apresentarem-se como desempregadas, ou seja, entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024 foram mais 113 a cada dia.

Os dados do IEFP totalizam, em janeiro de 2024, agora mais de 186 mil mulheres que estão registadas como não tendo trabalho face a perto de 149 mil homens.

Quanto ao número de jovens desempregados (menos de 25 anos) inscritos, aumentou 5,8% (+2.047) em janeiro face ao mesmo mês de 2023, e subiu 7,3% (+2.533) em cadeia, para um total de 37.444 pessoas, que representa 11,2% do total.

A nível regional, em janeiro deste ano, com exceção dos Açores (-12,9%) e da Madeira (-24,3%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Alentejo (+10,3%).

Já em relação ao mês anterior, o IEFP nota que, “com exceção da Madeira, a tendência é também de aumento do desemprego, com a maior variação a acontecer na região de Lisboa e Vale do Tejo (+8,2%)”.

Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 59.218 desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2023 (+3.377, +6%) e ao mês anterior (+15.136; +34,3%).

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de janeiro totalizaram 10.083 em todo o país, número inferior ao do mês homólogo de 2023 (-890; -8,1%) e superior em relação ao mês anterior (+2.021; +25,1%).

Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em janeiro os “trabalhadores não qualificados” (32,3%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores” (13,7%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (12,1%).

com Lusa