Pintainhos de Bordalo II trazem “esperança, recomeço e futuro” a doentes com cancro

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[Fotografia: IPO Lisboa/Bordalo II]

O artista plástico Bordalo II tingiu de cor e de escala e de resíduos hospitalares uma parede do Instituto Português de Oncologia (IPO), de Lisboa. Uma iniciativa que pretende evocar o centenário desta unidade de cuidados e que quer simbolizar, nas palavras do autor, “esperança, recomeço e futuro”.

A obra conta com materiais como “uma cadeira de rodas, monitores, equipamentos, proteções das rodas das macas, copos de aspiração entre outros ‘lixos’ recolhidos no IPO Lisboa e que agora dão vida nova à parede, especifica a nota enviada pela entidade às redações.

“Quando o IPO me lançou este desafio, não hesitei em aceitar. Esta é uma pequena contribuição para tornar o local mais agradável e acolhedor”, explica, citado em comunicado enviado às redações, Artur Bordalo. Para o autor, “todos conhecem alguém que está ou já esteve doente com cancro e que há um caminho difícil a ser feito. O IPO desempenha um papel fundamental no tratamento e acompanhamento destes doentes e, por isso, merece todo o nosso respeito e admiração”.

A escolha do pintainho como simbologia deve-se a uma ideia de renovação e futuro que o artista plástico quer trazer a utentes e profissionais que se cruzem com o mural que concebeu. “Para além de ser uma figura familiar para adultos e crianças, é um sinal de esperança, de recomeço e de futuro”, trazendo “alguma vivacidade e esperança”, acrescenta.

Eva Falcão, presidente do Conselho de Administração IPO Lisboa, agradece a generosidade do artista em oferecer uma obra totalmente inédita. “É muito importante podermos trazer arte a um hospital com estas características… para os nossos doentes e profissionais. É algo com um impacto distinto no dia a dia e uma forma de todos nos alegrarmos e de nos lembrarmos que a vida tem sempre coisas muito positivas e há sempre um futuro”, sublinha.