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Isaac dos Santos: o rapaz que nasceu rapariga

Nascer num corpo de um género com a identidade do género oposto
Nascer com características de ambos os sexos, que podem ser visíveis ou não, pois podem ser do nível cromossomático
Afastado da biologia, é um termo social e cultural que decorre de paradigmas e estereótipos definidos numa determinada sociedade
Nascer com órgãos sexuais característicos dos dois sexos
Definido mediante características anatómicas e biológicas
Uma nomenclatura médica com a qual não concordamos, pois pressupõe uma doença mental. O Grupo Transexual Portugal refuta esta definição
Transsexual não binário - Não se identifica sexualmente com o sexo feminino ou masculino e pode ter várias facetas: simultaneamente masculino e feminino, nem homem nem mulher, parcialmente homem ou mulher, gender fluid (por vezes homem, por vezes mulher). De acordo com o Grupo Transexual Portugal, as pessoas que cumprem estes requisitos são também apelidadas de “trans”.
Possibilidade de registar a criança à nascença com o género indefinido. Nem masculino, nem feminino. Está em vigor na Alemanha, desde 2013

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Isaac dos Santos tem 20 anos e parte da sua vida foi passada a ter consciência da diferença que vivia, tendo feito a transição de género aos 18 anos.

“Do lado dos rapazes não era aceite, do lado das raparigas não me queriam lá porque claramente não era uma rapariga”, conta o jovem no documentário Rip 2 My Youth, que tem estreia marcada para a próxima quinta-feira, 2 de Novembro, às 20h30, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras.

Na galeria acima fique a conhecer as palavras que tem de saber para melhor compreender esta realidade.

Desde muito novo que percebeu que não se identificava com o sexo feminino, e é isso mesmo que relata neste trabalho: “um percurso duro, mas gratificante, marcado pelo seu forte carisma e determinação“, lê-se na nota enviada à imprensa.

Veja o trailer deste filme abaixo

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Para lá de Isaac, são também ouvidos familiares deste jovem que, entre outros processos, se submeteu a uma mastectomia.

“Só queria que o meu sexo correspondesse ao meu género”, conta Isaac.

Este trabalho foi realizado por um grupo de alunos do Mestrado de Audiovisual e Multimédia da Escola Superior de Comunicação Social (ESCS) e a sessão de apresentação é aberta ao público e tem entrada livre.


Recorde o que defendia a proposta legislativa apresentada no início deste ano

Governo aprovou proposta em abril e Conselho de Ética vincou que terceiro sexo mantém discriminação


“O documentário é co-produzido pela Comprimido, agência de web vídeo marketing, e é um dos primeiros filmes sobre transexualidade realizados em Portugal”, refere a mesma nota.

Imagem de destaque: DR