Já pode voltar a comer broa de milho. DGS levanta interdição

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[Fotografia: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens]

Quase um mês depois de ter sido interditado o não consumo de broa de milho devido a casos de internamento urgente de consumidores por toxinfeção alimentar, a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informam agora que a recomendação foi levantada. Porém, pode voltar a ser imposta caso “surjam novos casos”.

Ou seja, mediante a “inexistência de novos casos suspeitos associados a esta toxinfeção, em resultado da intervenção das autoridades competentes, e da ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado”, é agora comunicado o fim da interdição, refere o comunicado emitido pela autoridade de saúde pública enviado às redações ao fim da tarde desta sexta-feira, 1 de setembro.

Recorde-se que, desde 10 de agosto, foram reportados na zona centro do país, “209 casos de toxinfeção1 alimentar associados ao consumo de broa de milho, dos quais apenas dois foram registados após a data do primeiro comunicado” da DGS a alertar para o não consumo deste produto alimentar nos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro.

Mas, afinal, qual foi a causa?

Em comunicado, a DGS refere que “os dados recolhidos demonstram haver fortes indícios de contaminação das farinhas com sementes de plantas do género Datura, infestante que pode estar presente nos campos de milho. A contaminação por sementes desta infestante pode ocorrer durante a colheita do milho”.

A mesma nota indica que “a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) vai elaborar uma recomendação técnica, a difundir pelos produtores de milho, para um melhor controlo desta infestante nos campos e após colheita”.