Primeira dama do Brasil adota cadela resgatada das cheias do Rio Grande do Sul

Janja
[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]

Considerada uma das mais duras catástrofes que se bateu no Brasil, as cheias de Rio Grande do Sul tem vindo a deixar um pesado rasto de destruição e de mortes, contando-se em 150 mil pessoas sem casa, mais de uma centena os desaparecidos e, pelo menos, 92 mortos, segundo contas das autoridades brasileiras avançadas na noite de segunda-feira, 6 de maio.

E entre a tragédia surge uma esperança. Literalmente, Esperança. A primeira-dama brasileira Janja da Silva adotou um de mais de centenas de animais resgatados das cheias e partilhou a adoção nas redes sociais. “Essa é a Esperança, o mais novo membro da nossa família. Ela foi resgatada em Canoas, no meio à tragédia que aflige o Rio Grande do Sul”, escreveu Janja da Silva na rede social X.

[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]
[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]
[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]
[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]

“São milhares de pessoas e animais que sofrem as consequência das crise climática. Só no abrigo em que a adotamos, são 400 bichos que precisam de alimentos, remédios, cuidado e amor. Que a alegria e a resiliência da Esperança inspirem a todos nós a superar desafios e a construir um mundo melhor juntos”, acrescentou.

Esperança junta-se a Paris e Resistência, esta cadela abandonada foi adotado por Janja e por Lula da Silva em 2018 e depois de passar 580 dias ao lado de militantes da Vigília Luta Livre, em Curitiba.

As chuvas, que começaram a abrandar esta segunda-feira após uma semana sem tréguas, afetaram cerca de 840 mil pessoas em 345 municípios, que sofrem com a falta de alimentos, medicamentos e serviços básicos como eletricidade e água potável.

O Presidente do Brasil prometeu, durante uma visita ao estado do Rio Grande do Sul, que não haverá “nenhum impedimento” ao envio da ajuda necessária para a recuperação da região, após as inundações devastadoras. “Não haverá nenhum impedimento burocrático para recuperar a grandeza deste estado”, declarou Luiz Inácio Lula da Silva, depois de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ter-se mostrado preocupado com as restrições financeiras do governo federal que limitam a capacidade de resposta da região.

[Fotografia: Captura de ecrã/X/Janja da Silva]
Lula destacou como prioridades a mobilização dos serviços de saúde pública para “minimizar o sofrimento” da população, a recuperação das estradas bloqueadas e o regresso das crianças à escola. “Estou a pedir a Deus que a chuva pare”, disse o chefe de Estado, que pediu à ministra do Ambiente, Marina Silva, que apresente um plano de prevenção das catástrofes climáticas.

O aeroporto da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, encerrou todas as operações até pelo menos 30 de maio, devido às tempestades que afetam o sul do país.