Videojogos: como evitar a dependência dos filhos em seis níveis

child playing video games
[Fotografia: iStock]

O videojogo é uma realidade cada vez mais presente na vida dos mais novos e cada vez mais cedo. No entanto, antes de desesperar e ceder à ideia do game over na conversa com os filhos, é importante saber, como mãe, como abordar a temática e reagir em tempo antes que o gosto pelos videojogos passe para um nível mais difícil de ultrapassar.

Na véspera de arrancar o Moche XL Games World, que vai decorrer no Altice Arena, em Lisboa, de 14 a 17 de novembro, fique por dentro de seis dicas que pretendem, lê-se na nota enviada às redações, “incentivar o convívio saudável entre pais e filhos à volta destes mundos virtuais”.

Maria João Andrade, psicóloga ouvida pela promotora do evento – cujos bilhetes custam entre os 7,5€ e os 10€ -, deixa algumas recomendações e conselhos que devem ter lugar antes que o desespero tome conta da sala e dos comandos lá de casa. O objetivo? “A gestão responsável dos comandos em casa”, descreve o mesmo comunicado.

Conversar sobre o mundo dos videojogos: “É importante conhecer e perceber o tipo de jogos, em que plataformas e com que pessoas os jovens jogam, antes de tirar conclusões sobre esta atividade”, refere a especialista.

Experimentar jogar: Não negar à partida uma ideia que se desconhece é sempre o melhor caminho. Por isso, e tendo em conta que “estes videojogos podem gerar uma ótima oportunidade de convívio entre pais e filhos”, nada como escolher as opções “para famílias – jogados a 4 ou 6 pessoas – ou até a típica partida de FIFA, e eventos desta indústria”.

Negociar: “Definir regras com os jovens é uma estratégia muito importante, seja neste ou noutro contexto. Quando se negoceia, em vez de existir uma imposição por parte dos pais/educadores, promove-se no jovem uma atitude de responsabilidade de como ele decidiu e se comprometeu a realizar determinada tarefa”, refere a especialista.

 

Informação: Há riscos, mas também há benefícios. E para os distinguir bem nada como conhecer a oferta. “Os videojogos estão também associados a inúmeros benefícios cognitivos, por exemplo a melhoria da capacidade de atenção, emocionais, como a melhoria do humor, e sociais, como o aumento da capacidade de cooperação, pelo que, antes de proibir, é importante ponderar quais os benefícios e riscos e tentar tirar o melhor proveito das ferramentas que dispõe”, lê-se na mesma nota.

PEGI. O nome que tem de conhecer quando comprar um videojogo: O palavrão nada mais é do que o sistema de classificação de jogos, europeu, e que estabelece “o conteúdo do jogo que define a idade mínima sugerida”. Estar atento a este detalhe na hora da compra reduz, segundo a mesma especialista, “significativamente” o risco de exposição dos ”jovens a conteúdos não adequados para a idade, como por exemplo violência ou linguagem obscena”.

 

Ouvir professores sobre o comportamento e vida social do jovem: “O contacto assíduo com a escola para perceber de antemão os resultados e a vida social da criança ou jovem é determinante para perceber se existe algum tipo de perturbação da sua atenção ou performance, prevenindo assim comportamentos de risco”, avisa a especialista.