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Jornalista sueco desvenda segredo da longevidade

Thomas Perls, coordenador do New England Centenarian Study, no Boston University Medical Center. Dar sangue e utilizar fio dentário: uma das causas mais importantes para as mulheres viverem mais tempo do que os homens é o facto de perderem sangue com a menstruação
Mark Mattson, chefe do laboratório de neurociência do National Institute on Anging em Baltimore, nos EUA. Jejum curto: uma diminuição do consumo energético durante um jejum curto desencadeia uma reação de stress molecular que ativa o cérebro e protege-o das doenças demenciais
Cynthia Kenyon, geneticista na University of California, em São Francisco. Deixar de comer açúcar: seguir uma dieta de baixo índice glicémico, que exclui massa, batatas, pão, arroz e todas as sobremesas
Craig Willcox, professor na Okinawa International University e coordenador do Okinawa Centenarian Study. Só comer até ficar 80% satisfeito: o envelhecimento com saúde, em Okinawa, é obtido graças a uma alimentação pobre em energia, mas rica em nutrientes
Aubrey de Grey, gerentólogo e diretor da fundação SENS, em Mountain View, na Califórnia. Influenciar os políticos: somas enormes de dinheiro são hoje investidas em pesquisas, sem futuro, de doenças específicas
David Gems, diretor do Institute of Healthy Aging, na University College London. Estar a par da ciência: fazer tudo o que a sua mãe disse para fazer. Comer bem, fazer ginástica, não engordar, interessar-se pelo mundo que a rodeia
Nir Barzilai, professor de Medicina e Genética no Albert Einstein College of Medicine. Escolher os pais certos: um estilo de vida saudável pode ajudar a ultrapassar os 80 anos, mas nunca a ultrapassar os 100. Para isso é preciso ter herdado os genes certos e ter sorte
Luigi Fontana, professor na Universidade de Salerno, em Itália, e na Universidade de Boston, em St. Louis, nos EUA. Comer menos carne: a chave de uma vida longa e saudável é restringir bastante a ingestão calórica, comer alimentos frescos, nutritivos e praticar exercício físico
James Vaupel, professor e fundador do Instituto Max Planck. Fazer desenvolver a sociedade: fazer tudo o que a sua mãe lhe disse. Utilizar um cachecol, comer todos os legumes no prato, não fumar, conduzir com cuidado, embora isto provavelmente só alongue a sua vida em cinco anos
Steven Austad, professor na Universidade do Texas, em San Antonio, nos EUA. Vá ao médico: esta última é muito importante. Hoje em dia sabemos curar imensas coisas e muitas pessoas sofrem sem necessidade por terem procurado ajuda demasiado tarde

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Viver saudável durante o maior número de anos possível é um desejo partilhado por grande parte dos seres humanos em todo o mundo. Movido por esse facto, o jornalista sueco Henrik Ennart, especializado em nutrição e estilos de vida, decidiu analisar os principais fatores que nos permitem prolongar a vida com qualidade. As conclusões estão agora acessíveis a todos no livro O Segredo da Longevidade.

Nesta obra, o autor reúne vários estudos e histórias sobre a longevidade, não esquecendo os vários mitos sobre a vida eterna presentes em histórias de vampiros e do Frankenstein. Uma das principais conclusões a que chega não é surpreendente: a alimentação e exercício físico são fundamentais para uma vida longa e saudável.


Leia também o artigo: Os segredos de longevidade da única mulher nascida no século XIX


No entanto, o sueco cita vários autores que defendem que é exagerado comermos mais de três refeições diárias. “Refeições regulares só existiram durante uma pequena parte da história da humanidade. Fomos criados biologicamente para comer poucas vezes e irregularmente”, garante Mark Mattson, o neurobiólogo mais citado do mundo, no livro O Segredo da Longevidade.

Outro dos estudos interessantes analisados pelo jornalista é da Universidade da Califórnia e concluiu que as pessoas mais populares morrem mais cedo.

“Um tipo de personalidade era assim associado a uma vida longa e saudável: o sensato e o refletido. (…) Mas porque é bom ser-se sensato e refletido? Segundo Howard Friedman, uma das razões seria que tais pessoas fazem mais para proteger a sua saúde e arrisca menos”, pode ler-se no livro de Henrik Ennart.

No final, o jornalista sueco deixa dicas para uma vida longa dadas por dez investigadores de renome – pode ver algumas na galeria de imagens acima.

Apesar de todos os conselhos do livro para se viver saudável durante mais tempo, Henrik Ennart cita também vários autores que são contra o tecnoenvelhecimento e defendem a tese de que a vida perde sentido sem a morte.

“Uma vida que tem um fim obriga as pessoas a darem o seu melhor, e a coragem, a capacidade de sacrifício e a criatividade nascem de sabermos que o nosso tempo na terra é limitado”, escreve Henrik Ennart quando se refere à tese defendida por Bill McKibben.

Ficha técnica do livro:

O Segredo da Longevidade, de Henrik Ennart. Bertrand Editora, 18,80€