Julgamento da morte de Sara Carreira começa esta terça, gala solidária em dezembro

sara
Fotografias: Instagram Sara Carreira

O Tribunal de Santarém inicia esta terça-feira, 24 de outubro, o julgamento do caso da morte da cantora Sara Carreira, estando acusados de homicídio por negligência três dos quatro arguidos, entre os quais o cantor Ivo Lucas e a fadista Cristina Branco.

Enquanto o caso decorre em tribunal, está também em curso a organização da gala anual de solidariedade em homenagem à cantora, que morreu num acidente de viação a 5 de dezembro de 2020, na A1.

À semelhança das duas edições anteriores, o evento, que terá lugar a 17 de dezembro, às 21.00 horas, na Altice Arena, será conduzido pela apresentadora e Embaixadora da Associação, Fátima Lopes, e contará com a participação de Tony, Mickael e David Carreira, Soraia Ramos, Ivandro, Maninho, Marco Rodrigues, Syro e Mariana Pacheco, entre outros artistas.

Com o objetivo de apoiar projetos sociais, com bolsas a crianças e jovens carenciados, os bilhetes solidários estarão à venda na blueticket.com, com o valor único de 25€, sendo que os fundos revertem integralmente para a Associação.

Julgamento por homicídio por negligência

De volta ao julgamento, que arranca esta terça-feira, tal tem lugar após abertura da instrução, em março. O juiz de instrução criminal do Tribunal de Santarém decidiu levar a julgamento os quatro envolvidos no acidente que, ao fim da tarde de 5 de dezembro de 2020, na Autoestrada 1 (A1), junto a Santarém, vitimou Sara Carreira, que seguia na viatura conduzida por Ivo Lucas.

A decisão instrutória manteve a acusação da prática de um crime de homicídio por negligência, passível de pena de prisão até três anos, contra a fadista Cristina Branco, e agravou a acusação imputada a Ivo Lucas para homicídio negligente na forma grosseira, passível de pena de prisão até cinco anos.

O mesmo crime foi imputado a Paulo Neves, que conduzia a uma velocidade abaixo do permitido por lei em autoestrada (entre 28 e 32 quilómetros/hora), sem qualquer sinalização de perigo, e apresentando uma taxa de alcoolemia de 1,18 g/l quatro horas depois do acidente, conduta que aumentou o risco de colisão e contribuiu para a cadeia de acidentes que se sucederam.

Segundo o tribunal, a conduta daquele condutor e de Cristina Branco, ao não conseguir evitar o embate, foi causa direta para o embate que se seguiu, da viatura conduzida por Ivo Lucas, que, por sua vez, demonstrou, igualmente, uma condução descuidada, ao circular acima do limite máximo permitido e na faixa central da autoestrada.

O quarto arguido, Tiago Pacheco, vai a tribunal acusado de condução perigosa de veículo.

Em 05 de dezembro de 2020, já “noite escura” e com períodos de chuva fraca, a viatura de Cristina Branco embateu, cerca das 18:30, no veículo de Paulo Neves, que circulava na faixa da direita a entre 28,04 e 32,28 quilómetros/hora, velocidade inferior à mínima permitida por lei (50 Km/h), e depois de ter ingerido bebidas alcoólicas.

A viatura de Cristina Branco embateu, de seguida, na guarda lateral direita, rodando e imobilizando-se na faixa central da A1.

Com Lusa