Coberta de negro dos pés à cabeça. Kim Kardashian pisou a escadaria do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, sem mostrar uma única nesga de pele. A socialite fez-se acompanhar do designer Demna Gvasalia, da Balenciaga, igualmente coberto de preto com um hoddie oversize, que assinou a proposta artística envergada pela empresária.
A mais louca noite da arte e do estilo, a MET Gala, que teve lugar na segunda-feira, 13 de setembro, em Nova Iorque, parou um ano devido à pandemia provocada pela covis-19, mas voltou ainda com mais criatividade e ousadia.
Um evento que não esqueceu as mensagens que as celebridades quiseram pisar num palco especial da moda, da arte e, claro, sempre da provocação. A congressista Alexandria Ocasio-Cortez não fez por menos. A democrata compareceu à gala com um vestido branco onde se podia ler ‘ Taxem os Ricos’.
Mas não foi a única. Ainda que não tenha sido integralmente explicado o propósito de Kim ao surgir integralmente vestida de negra – e se a proposta vai para além da criatividade e toca na atualidade -, a atriz Cara Delevingne e a congressista Carolyn Malone não quiseram deixar passar a oportunidade em branco e não poderiam ter sido mais claras.
A primeira pediu luta contra o patriarcado. Um mensagem escrita no top, a fazer lembrar um escudo, e que saiu da mão de Maria Grazia Chiuri para a Dior. “Se alguém não sabe o que quer dizer, é preciso olhar bem para isso”, afirmou a representante da modelo de 29 anos à revista Vogue, acrescentando: “é sobre o empoderamento feminino e a igualdade de género”.
A segunda vestiu-se das cores das sufragistas – branco, roxo e dourado -para exigiu a aprovação da emenda pela igualdade de direitos. “Por todo o país, os direitos das mulheres estão sob ataque”, escreveu a congressista Carolyn Maloney no Twitter. “Há muito que uso a moda como motor para a mudança. Como a Instituto MET reabre com a exibição inaugural em torno dos designers americanos, estou a pedir pela aprovação da emenda de forma a que as mulheres possam estar em igualdade de uma vez por todas”.