Manequim iraniana vive há duas semanas em aeroporto e pede asilo

Bahareh Zare Bahari
Bahareh Zare Bahari [Fotografia: Facebook]

Miss iraniana, Bahareh Zare Bahari, está há duas semanas a residir na sala de passageiros do terminal 3 no aeroporto de Manila, nas Filipinas, por forma a evitar o regresso ao seu país de origem.

Bahareh garante que o governo de Teerão a está a acusar e que, num eventual regresso ao país natal, a espera uma sentença, pelo que está a pedir asilo ao país onde está agora: Filipinas. A participante no recente concurso de beleza Miss Intercontinental diz mesmo que o sue país de origem a quer silenciar.

Num comunicado à imprensa na semana passada, o Departamento de Imigração das Filipinas disse que a agência internacional de polícia Interpol emitiu um pedido mundial – sem referir o país de origem – para prender Bahari.

Em declarações por telefone à estação norte-americana CNN, a iraniana lembra: “Moro aqui desde 2014 e não voltei para ao Irão. Expliquei-lhes isso muitas vezes, como posso ter um caso criminal lá quando resido aqui?”, indagou. Crê que a razão pela qual está a ser procurada se deve ao facto de ter usado uma imagem de Reza Pahlavi, filho do xá do Irão derrubado na revolução de 1979, na bandeira da antiga monarquia iraniana e como acessórios durante uma competição recente.

À CNN, a modelo revelou que fez esta declaração “para tentar ser a voz do meu povo”. Ela também acredita que pode ser alvo por causa de seu ativismo social no Irão.

Nem o Departamento de Imigração e o Departamento de Justiça das Filipinas, nem a embaixada iraniana em Manila, nem o governo iraniano responderam até ao momento, assegura a estação de televisão norte-americana.

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