Esta segunda-feira, 24 de setembro, assinala-se o Dia da Sensibilização para o Cancro da Tiroide, que, segundo a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), regista 500 novos casos e 50 mortes por ano, em Portugal. Estima-se que as doenças da tiroide afetem mais de um milhão portugueses. Com maior incidência nas mulheres, estima-se que estas doenças atinjam 300 milhões de pessoas em todo o mundo, ainda que metade dos casos esteja por diagnosticar.

As mulheres são as principais afetadas por patologias e distúrbios da tiroide, onde se incluem o hipotiroidismo e o hipertiroidismo. Esta disfunção, em particular, afeta 10 vezes mais mulheres do que homens. O sexo feminino é mais atingido entre os 20 e os 40, mas é a partir dos 50 anos que há uma tendência para surgirem problemas mais graves. Outra das fases em que as mulheres estão particularmente suscetíveis a esta doença é a gravidez.

Celeste Campinho, presidente da ADTI, refere, em comunicado, que “existindo uma prevalência de nódulos da tiroide na população geral, é crucial a deteção precoce desta patologia e realizar campanhas para esclarecer e informar, sobretudo as mulheres que apresentam 4-7 vezes mais alterações na tiroide do que os homens”.

A falta de diagnóstico atempado é um dos problemas para os quais a associação alerta. Referindo que o cancro da tiroide apresenta um prognóstico positivo, desde que previamente diagnosticado e corretamente tratado, a ADTI lembra que quando isso não acontece cedo por provocar consequências graves, afetando o funcionamento dos outros órgãos e sistemas.

“As mulheres apresentam 4-7 vezes mais alterações na tiroide do que os homens”, refere Celeste Campinho, presidente da ADTI.

A tiroide é a glândula que controla o metabolismo e que é responsável por regular diferentes funções do corpo através do armazenamento e secreção de hormonas no sangue. O seu bom funcionamento – e o despiste de problemas associados – pode ser analisado através de uma análise laboratorial, cabendo ao médico decidir se a pessoa deve ou não efetuar essa análise, após a avaliação clínica. O autoexame da tireoide, através de palpação na zona do pescoço e garganta, também ajuda a detetar a presença de alterações nesta glândula, como quistos ou nódulos. Na grande maioria das vezes, os nódulos são benignos, mas assim que são detetados devem ser analisados pelo médico com exames mais precisos.

Há também outros sintomas que podem indicar disfunções da tiroide, mas que facilmente são confundidos com outras doenças. Veja quais são na galeria, em baixo:

10 culpas que pode atirar para cima da tiróide