Morreu a mais velha senadora dos EUA. Dianne Feinstein tinha 90 anos

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[Fotografia: Jim WATSON / AFP]

A senadora norte-americana Dianne Feinstein, da Califórnia – uma Democrata moderada eleita para o Senado em 1992 que quebrou barreiras de género ao longo da sua longa carreira na política – morreu esta sexta-feira, 29 de setembro, aos 90 anos.

Feinstein, a mais velha senadora dos EUA, era uma defensora das bandeiras Democratas importantes para o seu estado – incluindo a proteção ambiental, os direitos reprodutivos e o controlo de armas – mas também era conhecida por ser uma congressista pragmática que se aproximava dos Republicanos para procurar soluções de compromisso.

Feinstein foi eleita para o Conselho de Supervisores de São Francisco em 1969 e tornou-se a primeira mulher a liderar esse organismo, em 1978, ano em que o presidente da Câmara, George Moscone, foi morto a tiro.

Após a morte de Moscone, Feinstein tornou-se a primeira mulher presidente da Câmara de São Francisco.

No Capitólio, em Washington, foi uma das duas primeiras senadoras da Califórnia, a primeira mulher a chefiar o Comité de Informações do Senado e a primeira mulher a servir como principal Democrata do Comité Judiciário.

“Reconheço que as mulheres tiveram de lutar por tudo o que conquistaram, por todos os seus direitos”, reconheceu Feinstein em 2005.

sua tendência para o bipartidarismo ajudou-a a obter vitórias legislativas ao longo da sua carreira, mas também provou ser um problema nos seus últimos anos no Congresso, à medida que os eleitores do estado da Califórnia se tornaram mais liberais e à medida que o Senado se tornou cada vez mais polarizado.

A senadora da Califórnia ficou conhecida pelas suas críticas verbais e respostas contundentes quando desafiada sobre questões sobre as quais era mais fervorosa.

Em fevereiro deste ano, Feinstein anunciou que não concorreria ao seu sexto mandato no ano seguinte e, poucas semanas depois desse anúncio, ausentou-se do Senado por mais de dois meses enquanto recuperava de uma doença que a debilitou, abandonando os cargos que tinha no Congresso.

LUSA