É mais uma acha para a glamorosa fogueira de Hollywood e veio de Nicole Kidman. Presença de destaque no Festival Internacional da Cinema de Cannes, que decorre na cidade francesa até este domingo, a atriz aproveitou a exposição para alertar para a quase ausência de mulher na realização de filmes norte-americanos.
“Apenas 4% de mulheres realizaram filmes em 2016. Isto diz tudo! É algo importante a dizer e que precisa continuar a ser dito. Por sorte, temos Jane Campion e Sofia Coppola aqui [em Cannes]”, disse.
“Nós, como mulheres, temos que as apoiar no seu papel de realizadoras. Todos dizem que hoje as coisas são diferentes, mas não são. Basta olhar as estatísticas”, acrescentou a australiana.
Kidman integra o elenco de quatro títulos da atual edição da mostra cinematográfica, dois deles em competição: ‘Ritual de Guerra’, de Sofia Coppola, ‘The Killing of a Sacred Deer’, de Yorgos Lanthimos. Além destes, está ainda em ‘How to Talk to Girls at Parties’, de John Cameron Mitchell, e na série televisiva ‘Margens do Paraíso’.
A primeira longa-metragem, baseado no romance de Thomas P. Cullinan, centra a sua ação em 1971, quando um soldado ferido é levado para um internato feminino, despertando sentimentos de luxúria, ciúmes e ódio. O elenco é maioritariamente feminino, com Colin Farrell como um dos poucos homens entre as várias atrizes que o compõe, entre elas Kirsten Dunst, Elle Fanning e Angourie Rice.
“Eu cresci ao lado de três mulheres brilhantes e fortes, a minha mãe e as minhas irmãs, por isso não estranhei”, brincou o ator, elogiando de seguida Sofia Coppola: “Ela tem um jeito muito particular na sua forma de trabalhar, que traz conforto e confiança. Faço filmes há 20 anos e esta foi a minha experiência favorita nas filmagens”.
Kidman foi entretanto apelidada de Rainha de Cannes.