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O universo feminino marca presença no festival de cinema de Espinho

Super Girl, de Jessie Auritt: Quando uma menina de 9 anos bate o recorde mundial de halterofilismo torna-se num fenómeno internacional, nascendo assim a “Supergirl”. Naomi Kutin aparenta ser uma típica pré-adolescente, normal, de raízes judaicas ortodoxas. O seu extraordinário talento e a atenção mediática que atrai transforma a sua vida e a da sua família. “Supergirl” segue a rara historia e crescimento de Naomi, enquanto esta luta pela manutenção do seu titulo e tenta navegar pelas armadilhas da adolescência – desde as rigorosas obrigações religiosas ao cyberbullying e problemas de saúde que poderão comprometer o seu futuro no halterofilismo.
Tokyo Cosmo, de Takahiro Miyauchi: É um filme de animação, mas com desafios bastante adultos. A viver sozinha em Tokyo, uma mulher luta contra o stress do seu trabalho monótono e a solidão da cidade todos os dias. Um dia, o seu porquinho de peluche acorda para a enviar para um mundo mágico e o que a espera lá vai ser uma surpresa.
Don't give us bouquet!, de Hidenobu Abera: Quatro raparigas, amigas próximas da universidade, reúnem-se no casamento de uma colega de turma. Depois do bouquet ser atirado, e de já estarem alcoolizadas, confessam os seus verdadeiros sentimentos aos respetivos parceiros. O que devia selar o destino de cada uma, revela-se uma surpresa.
Mother Knows Best , de Mikael Bundsen: Uma mulher dá ao seu filho adolescente alguns conselhos amigáveis, no caminho para casa, depois de conhecer o namorado do filho pela primeira vez. A sua conversa começa de forma casual, mas acaba por levar a revelações que mudarão completamente a relação entre os dois.
The Last Virgin, de Bàrbara Farré: Sara, uma rapariga de 13 anos, sente a necessidade de deixar a sua inocência para poder entrar no mundo dos adultos, para que possa encaixar-se no seu círculo de amigos. Cercada por um mundo onde só a aparência importa, Sara vai ver a sua vontade forçada e acaba por tornar-se outra vítima do seu grupo. Um retrato da geração dos anos 2000 onde os telemóveis, a internet e a sexualidade precoce não passam despercebidos.
I'm not a witch, de Rungano Nyoni: Após um incidente na sua aldeia local, uma menina de 8 anos, Shula, é acusada de bruxaria.Depois de um curto julgamento é considerada culpada, levada sob custódia do Estado e exilada num campo de bruxas no meio de um deserto. No acampamento, participa numa cerimónia de iniciação, onde lhe são mostradas as regras que regem a sua nova vida como bruxa. Dizem-lhe que se cortar uma fita, que faz parte da cerimónia de iniciação, será amaldiçoada e transformada num bode. Vencedora de um BAFTA, “I’m Not a Witch” é um dos filmes obrigatórios do momento.
Lemonade, de Ioana Uricaru: Mara é uma jovem romena, recém-chegada aos Estados Unidos com o seu filho de 9 anos, Dragos, e casada com Daniel, um americano que conheceu há apenas alguns meses. O filme acompanha uma série de episódios desafiantes para quem chega a terra estranha: um encontro não planeado com um oficial de imigração dos EUA, problemas com a polícia depois de deixar o filho sozinho num motel, dificuldades em conseguir um empréstimo com o seu marido. Estreado no Festival de Berlim em Fevereiro, esta é uma das maiores apostas do cinema Europeu para 2018.

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O Festival de Cinema de Espinho arranca esta segunda-feira, com mais de 240 filmes. Nesta décima quarta edição do FEST – Festival Novos Realizadores, Novo Cinema, que dura até dia 25, há obras em estreia nacional, trabalhos de mais de 50 escolas de cinema do mundo, filmes na praia, um espaço dedicado ao cinema infantil e vários nomes femininos, na programação, seja na autoria, seja nos temas dos filmes.

Um deles é ‘I’m not a Witch‘, de Rungano Nyoni, sobre uma superstição numa pequena aldeia da Zâmbia. O filme, que é a primeira longa-metragem da realizadora, ganhou um Bafta e concorre, no festival de Espinho, ao Lince de Ouro. Também ‘Lemonade’, da realizadora romena Ioana Uricaru e ‘Killing Jesus’, da realizadora Laura Mora concorrem ao mesmo troféu. Mas há mais produções que atestam a representação feminina nas produções levadas ao certame nortenho. Na galeria, em cima, pode ver os filmes, realizados por mulheres ou sobre temáticas relacionadas com as mulheres, destacados pela organização.

No que toca aos documentários, salienta-se também o testemunho de exilados árabes sobre as guerras do Iraque e da Síria de ‘Sand and Blood’, de Matthias Krepp & Angelika Spangel; uma família e as suas discussões sobre a polarização política e social da Polónia e sua a viragem à direita em ‘The Celebration – Das Impreza’, de Alexandra Wesolowski; e o retrato documental da vida de Rino Lupo, um dos pioneiros do cinema europeu em ‘Lupo, de Pedro Lino.

O FEST integrará ainda uma secção infanto-juvenil dedicada às famílias (FESTinha), uma competição nacional de curtas-metragens (Grande Prémio Nacional) e um prémio para obras de realizadores a saírem das faculdades (NEXXT). Nas vertentes não competitivas, o foco vai para os cinemas japonês, austríaco e sueco, na secção Flavours of The World. Já a Coreia do Norte é a proposta da secção Be Kind Rewind.

À semelhança do que tem acontecido nas anteriores edições, o evento integrará ainda duas actividades paralelas: o Training Ground e o Pitching Forum. O primeiro, a decorrer entre workshops, masterclasses, palestras e debates orientados por peritos de topo e sucesso reconhecido.

Pelo FEST deste ano passarão o cineasta Asghar Farhad, o realizador e produtor Roman Coppola e a editora e produtora Gabriella Cristiani.

Os passes gerais para o Fest 2018 já estão à venda na Bilheteira Online, lojas FNAC e locais habituais. Os ingressos apenas para o Training Ground podem ser comprados em www.fest.pt.