O papa Francisco iniciou o novo ano com uma ode à maternidade, lembrando aos fiéis que o exemplo e o abraço de uma mãe são o único antídoto para o mundo de hoje de solidão e miséria. A missa, realizada na Basílica de São Pedro, abre formalmente o ano de 2019, uma tradição de 1 de janeiro, dedicada a Santa Maria e ao apelo da Igreja Católica à paz.
Na sua homilia, Francisco exortou os católicos a deixarem-se levar novamente, como as crianças são levadas pelas suas mães, afirmando que “um mundo que olha para o futuro sem o olhar de uma mãe é míope”.
“Pode bem aumentar os seus lucros, mas não irá ver os outros como crianças. Todos nós moraremos na mesma casa, mas não como irmãos e irmãs. Precisamos de aprender com as mães que o heroísmo é mostrado em doação, força na compaixão, sabedoria na mansidão”, afirmou.
Para o papa, o Novo Ano sucede a um desastroso 2018. O ano passado começou com o rebentar do escândalo mundial sobre abusos sexuais cometidos por religiosos e terminou com as repentinas demissões do diretor e da vice-diretora do gabinete de imprensa do Vaticano, em sinal de discórdia e disfunção dentro da Santa Sé.
O norte-americano Greg Burke e espanhola Paloma Garcia Ovejero demitiram-se na segunda-feira sem qualquer explicação além de que a decisão foi tomada há meses e que queriam deixar Francisco construir livremente uma nova equipa de comunicação.
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