Portugueses mais poupados nas férias e de olhos no litoral alentejano

Férias-verão
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A praia continua a ser a principal opção dos portugueses para férias. E este ano devem custar, em média, 700 euros. Os resultados chegam de um estudo levado a cabo pelo Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM).

Na comparação com o estudo de 2017, a coordenadora do inquérito, Mafalda Ferreira, referiu o “ligeiríssimo decréscimo, absolutamente residual, do valor gasto, contrariamente às expectativas, nas férias de verão: passou de 708 euros do ano passado para 702 este ano“.

Em declarações à agência Lusa, a responsável da investigação, que auscultou 470 pessoas, revelou que 78% disse que vai sair de casa durante as férias e os que não fazem será por “constrangimentos financeiros”.

Sem alterações está o número de pessoas a fazer férias nos meses de verão, “o período privilegiado” pelos portugueses para quem a “praia é o atributo mais valorizado” (61% das respostas). A registar mudanças está a escolha do Algarve, já que o “valor diminuiu face aos dados do ano passado (52% em 2017 para 47% em 2018), tendo aumentado o Alentejo litoral (23% para 32%)”.

Dentro da Europa, “o país claramente preferido é Espanha”, disse. A manter-se está também a tendência de a “maioria das pessoas pesquisar e depois reservar ‘online'”, enquanto a nível de alojamento, o “local tem vindo a ganhar terreno e atualmente corresponde a 22% e os hotéis a 31%”.

Reposição dos subsídios gera impacto nas férias

À Lusa, a professora referiu ainda que, cruzando com outras informações, se concluiu que “a situação de crise económica e financeira provocou algumas alterações dos padrões de pesquisa e de compra”. E o que se nota, em diferentes áreas, é que “apesar de repostas algumas das restrições financeiras e de um orçamento maior disponível, o português mantém algum tipo de padrões e são mais focados na questão do preço e em encontrar a melhor relação preço-qualidade“, assegurou.

A coordenadora do estudo indicou ainda a utilização “em grande parte” do subsídio de férias nesta altura, pelo que a “reposição dos subsídios tem impacto no padrão de comportamento, já que 49% das pessoas o utiliza parcialmente e 15% utilizam-no totalmente“.

“Este subsídio é um motor efetivamente da dinâmica económica que se coloca nas férias”, afirmou. O estudo foi realizado entre 12 e 24 de julho, com uma amostra de 470 indivíduos e com 87% a referir ter férias entre julho, agosto e setembro.

O IPAM foi fundado em 1984 e integra a rede Laureate International Universities que, em Portugal, detém ainda a Universidade Europeia e o IADE — Universidade Europeia.

CB com Lusa

Imagem de destaque: Shutterstock

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