Quatro fragilidades perigosas que o confinamento pode trazer à sua pele

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O melanoma é um dos cancros de pele mais graves. Por isso, em tempo de evocar a doença no dia Europeu que lhe está dedicado, que se assinala esta terça-feira, 11 de maio, é tempo de deixar alertas sobre este tipo de tumor mais comum.

Cuidados especiais a que os especialistas pedem redobrada atenção após mais de um ano de enorme recolhimento em casa devido à pandemia, o que levou todos a estarem mais protegidos da luz solar. A esta circunstância particular junta-se o adiamento de consultas médicas e que agora estão a voltar a ser remarcadas.

De acordo com um estudo realizado pela Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia, os especialistas de dermatologia estão a observar lesões na pele maiores do que aquelas que viram antes da pandemia.

Apesar do facto de a visibilidade ser uma das grandes vantagens no que diz respeito aos tumores de pele, em comparação com outros tipos de cancro, em muitas ocasiões, pequenas alterações que ocorrem nas lesões de pele podem passar despercebidas a olho nu.

“Para além de colocar em prática as diretrizes de prevenção adequadas para nos proteger contra a radiação solar, é importante procurar um especialista para analisar todas as lesões cutâneas que possamos ter. O diagnóstico precoce é a chave para um bom prognóstico, é por isso que revisões periódicas são essenciais “, diz María Sánchez, médica em Espanha, ao jornal El Mundo.

Como tal, a especialista analisou as quatro consequências que o confinamento trouxe para a saúde da pele e que tornam essencial uma visita ao dermatologista.

O escudo natural da pele enfraqueceu

Estamos prestes a enfrentar o verão que, por norma, tem níveis muito altos de vitamina D, tornando-nos mais vulneráveis ​​a queimaduras. Nesta época, a pele não teve um período de adaptação aos raios ultravioleta, como acontece na primavera, e não está adaptada à nova realidade com a qual se encontra. Tomar precauções e estabelecer novos hábitos de cuidados com a pele com um especialista é fundamental.

A exposição à luz azul aumentou a pigmentação da pele

Esta luz pode produzir uma ativação de melanócitos, que por sua vez aumentam a melanina, levando ao aumento da pigmentação e ao envelhecimento da pele. E, embora não tenha tantos efeitos negativos quanto a luz ultravioleta, os especialistas recomendam moderar o uso de computadores, telemóveis ou tablets e ir ao dermatologista por qualquer lesão cutânea recente.

Queimaduras provocadas pelo sol no terraço

Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro da pele é a exposição prolongada e inadequada ao sol, e nos últimos meses muitas pessoas decidiram apanhar sol nas varandas sem proteção adequada. É essencial evitar o horário de mais calor e usar proteção com o fator apropriado, renovando-o a cada duas horas.

O cancelamento das consultas dificulta a deteção precoce de lesões malignas

O isolamento e o medo do vírus foram um obstáculo para os especialistas. Estudos recentes da Academia Espanhola de Dermatologia e Venereologia refletem que o atraso na remoção de melanomas ou carcinomas de células escamosas implica que os tumores são maiores e mais espessos.