Publicidade Continue a leitura a seguir

Saiba se sofre de ataques de pânico e como combatê-los

Veja, na galeria, o que diz Elisabete Albuquerque, psiquiatra da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra. Nas primeiras imagens, a psiquiatra explica quais são os sintomas. [Fotografias: Shutterstock]
1) Ansiedade constante e exacerbada.
2) Sensação de perigo e medo de morrer.
3) Dores abdominais e/ou torácicas.
4) Dificuldade de respiração e ritmo cardíaco acelerado.
5) Transpiração e calafrios.
6) Tonturas e náuseas.
Como combater o problema?
1) Perceber a natureza dos sintomas. No caso de dúvida, e sobretudo quando se trata de uma primeira experiência de pânico, é crucial não desvalorizar os sintomas e procurar assistência médica.
2) No caso das pessoas com historial de episódios semelhantes, deve-se aprender a identificar os sintomas e agir em conformidade, tendo sempre em mente que a ansiedade não mata: aumenta, atinge um pico e, invariavelmente, após alguns minutos, acabará por desaparecer.
3) O controlo da respiração é fundamental, recomendando-se uma respiração lenta e profunda (respirar para dentro de um saco de papel pode ajudar neste processo).
4) Procurar um local onde se sinta mais calmo/a e seguro/a, afastando-se dos contextos/situações que identifique como perturbadoras.
5) Procurar um local onde se sinta mais calmo/a e seguro/a, afastando-se dos contextos/situações que identifique como perturbadoras.
6) Procurar ajuda médica. A perturbação de pânico é uma perturbação psiquiátrica e carece de tratamento, seja ele psicoterapêutico, psicofarmacológico ou uma combinação de ambas as modalidades.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Sentir medo ou pânico são instintos primários de qualquer ser vivo, necessários à sua própria sobrevivência. Mas quando tomam proporções fora do comum a ponto de condicionar a vida quotidiana, sem qualquer motivo plausível, e de gerar sintomas físicos é sinal de que se trata de algo mais do que apenas um reflexo instintivo.

No Dia Internacional do Pânico, que se assinala esta segunda-feira, 18 de junho, a psiquiatra Elisabete Albuquerque, da Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra, ajuda a reconhecer alguns sintomas e a reconhecer se se está ou não perante um ataque de pânico.

Desde logo, “define-se ataque de pânico todo o episódio em que, perante um medo intenso e inesperado, o nosso corpo reage com níveis extremos de ansiedade, acompanhados por um conjunto de sintomas físicos similares aos que ocorrem durante um enfarte agudo do miocárdio“. Este tipo de ataques, refere a especialista, “caracteriza-se ainda pela inexistência de um perigo que justifique o estado de medo provocado no indivíduo”.

Elisabete Albuquerque é psiquiatra na Unidade Psiquiátrica Privada de Coimbra. [Fotografia: DR]

De acordo com Elisabete Albuquerque, entre os sintomas psicológicos mais comuns estão a “ansiedade constante e exacerbada, a sensação de perigo, e o medo de morrer“. Mas não é só a nível físico que o ataque de pânico se manifesta. Há também sinais físicos que se podem confundir com sintomas de outros problemas de saúde e que não devem ser ignorados, como “dores abdominais e/ou torácicas, dificuldade de respiração, ritmo cardíaco acelerado, transpiração, calafrios, tonturas, náuseas, entre outros”.

“Geralmente estes ataques tendem a surgir cerca de uma a duas vezes no decorrer da vida do indivíduo. Contudo, caso ocorram com frequência, podemos estar perante uma perturbação de pânico.”

Períodos de maior stress, fatores genéticos, alterações ocorridas em algumas zonas do cérebro, algumas doenças psiquiátricas, como a fobia social, o stress pós-traumático e a depressão, podem, segundo a psiquiatra, contribuir para desencadear ataques de pânico.

Quais as suas implicações para a vida da pessoa?

Quem sofre de ataques de pânico vê muitas vezes a sua vida alterada e as mudanças, por vezes, podem ocorrer logo depois de um primeiro episódio, como explica Elisabete Albuquerque.

“Pode verificar-se a ocorrência de algumas alterações no comportamento da pessoa, que advêm do medo de voltar a ter uma experiência como a anterior. Estas passam maioritariamente pela tentativa de evitar situações e lugares que o indivíduo acredita serem impulsionadores de um novo ataque, ou que de alguma forma o façam sentir inseguro.”

Uma das consequências para quem sofre este tipo de perturbação é o isolamento social, mas não só. Os ataques de pânico podem levar ao “surgimento de fobias e/ou depressão, ou até mesmo à dependência de substâncias como o álcool e as drogas”, alerta a psiquiatra.

Fazer um diagnóstico atempado e, posteriormente, um tratamento adequado é o conselho deixado por Elisabete Albuquerque.

Na galeria, em cima, pode ver detalhadamente as explicações da psiquiatra sobre os sintomas mais frequentes de um ataque de pânciso e quais as formas de combater o problema.

AT

Imagem de destaque: Shuttestock