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Serena Williams relata o parto no qual quase ia morrendo

Percorra a galeria e leia as frases mais tocantes do testemunho deixado por Serena Williams e no qual relata os momentos complicados do parto da filha, Olympia, e pelos quais passou. [Fotografias: DR e Instagram]
“Quase morri a dar à luz a minha filha, Olympia. Mas, ainda assim, considero-me afortunada”
“Apesar de ter tido uma gravidez pacífica, a minha filha nasceu de emergência depois de os batimentos cardíacos terem caído dramaticamente durante as contrações"
“A cirurgia correu sem problemas. E antes que me apercebesse, Olympia estava em meus braços. Foi a sensação mais incrível que já vivi. Mas o que sucedeu a 24 horas após o parto foram seis dias de incerteza”
“Tudo começou com uma embolia pulmonar, que é uma situação em que uma ou mais artérias dos pulmões ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo. Tendo em conta o meu historial clínico, vivo com medo dessa situação. Quando fiquei sem fôlego, não esperei um segundo para alertar as enfermeiras. Tal provocou uma série de complicações de saúde às quais eu tenho sorte de ter sobrevivido”
“Primeiro, a minha ferida abriu devido à tosse intensa que tive, fruto da embolia. Voltei à cirurgia, na qual os médicos encontraram um grande hematoma, um inchaço de sangue coagulado no meu abdómen. Voltei à sala de operações para um procedimento que evita que os coágulos se movam para os pulmões. Quando finalmente cheguei a casa, à minha família, tive de passar as primeiras seis semanas de maternidade na cama”
“Estou tão agradecida por ter tido acesso a uma incrível equipa de médicos e enfermeiros, num hospital com equipamentos de ponta. Eles sabiam exatamente como lidar com estes imprevistos complicados. Se não tivesse recebido todos estes cuidados profissionais, não estaria aqui hoje”
“De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, as mulheres negras nos Estados Unidos da América têm mais de três vezes mais probabilidades de morrer por causa da gravidez ou do parto. E isto não é apenas um desafio para os EUA”
“Em todo o mundo, milhares de mulheres lutam para dar à luz nos países mais pobres. Quando têm complicações como as minhas, muitas vezes não há medicamentos, estruturas de saúde ou médicos para as salvar. Se elas não querem dar à luz em casa, precisam de percorrer distâncias enormes no auge da gravidez”
“Mas e se vivêssemos num mundo onde existissem assistentes suficientes? Onde não houvesse escassez de acesso às unidades de saúde de proximidade? Onde os medicamentos e a água limpa estivessem facilmente acessíveis a todos? Onde as parteiras pudessem ajudar e informar as mães após o nascimento? E se vivêssemos num mundo onde cada mãe e recém-nascido pudessem receber cuidados de saúde acessíveis e prosperar na vida?”
“Esse mundo é possível. E devemos ousar sonhá-lo para todas as mulheres negras, para todas as mulheres no Malawi [Uma história contada pela própria Serena Williams neste testemunho] e por cada mãe lá fora.”
“Em todo o mundo, organizações como a UNICEF estão empenhadas em fornecer soluções simples em nome de cada mãe e de cada recém-nascido. Essas soluções incluem o recrutamento e o treino de mais médicos e parteiras, garantindo unidades de saúde limpas e funcionais, disponibilizando os melhores medicamentos e equipamentos para salvar vidas e, mais importante, capacitando as adolescentes a exigir cuidados de qualidade. Todas as mães, em todos os lugares, independentemente da raça, merecem ter uma gravidez e um parto saudáveis. E todos nós podemos ajudar a tornar tudo isso realidade”
“Como? Podemos exigir que governos, empresas e prestadores de cuidados de saúde façam mais para salvar essas vidas preciosas. Podemos colaborar com a UNICEF e outras organizações que, em todo o mundo, trabalham para fazer a diferença junto de mães e bebés que precisam. Ao fazê-lo, fazemos parte desta narrativa, certificamo-nos de que um dia não é quem somos, nem onde estamos o que vai definir a decisão relativa à vida ou morte de um bebé. Juntos, podemos fazer essa mudança. Juntos, podemos ser a mudança”

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A tenista quer fazer a diferença junto de todas as mulheres que ainda morrem fruto de complicações na gravidez e no parto, e por falta de cuidados médicos.

Num testemunho tocante que escreveu para a CNN, Serena Williams relatou a sua experiência pessoal – com o nascimento por cesariana da filha Alexis Olympia, no ano passado – e conta como quase ia sucumbindo à morte no mesmo momento em que dava vida.

Hoje, tem a certeza de que se não tivesse todos os cuidados médicos, os melhores especialistas e as melhores estruturas de saúde, não estaria cá para contar. Na galeria acima poderá encontrar, ao detalhe, o que a atleta escreveu.

“Quase morri a dar à luz a minha filha, Olympia. Mas, ainda assim, considero-me afortunada”, começou por relatar a tenista, num texto em pede para que as pessoas se envolvam nesta causa e que façam donativos a instituições que procuram ajudar mães e recém-nascidos em países que não dispõem de unidades de saúde, medicamentos, especialistas e até água limpa. Territórios onde a chegada de um bebé não é, infelizmente, motivo de celebração.

Imagem de destaque: Andrew Kelly/Reuters

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