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Sex toys para pessoas com deficiência mais acessíveis em 2018

Percorra a galeria e conheça os projetos do Sim, Nós Fodemos em matéria de sexualidade para a deficiência. A luta pelo direito à maternidade, pelo uso de sex toys e pela assistência sexual são muitos os planos de ação daquele movimento, alguns já para 2018 [Fotografias: Shutterstock]
Direito à Maternidade: “Existe, da nossa parte, a intenção de pôr na discussão a compreensão da mulher, do direito à maternidade. Ou seja, olhar para a forma como são encaradas as mulheres com deficiência porque a conversa está ainda muito ao nível da doença, dos cuidados permanentes e da dependência que aquelas pessoas vivem. É preciso discutir o direito a ser mãe”, refere Rui Machado.
Apoios estatais: “Só em 2018 é que será iniciado no terreno o programa-piloto do Modelo de Apoio à Vida Independente (MAVI), no qual estão contemplados mecanismos que podem ajudar a promover a liberdade, a autonomia e o poder de escolha, direitos a que uma pessoa com deficiência tem”, lembra o responsável do movimento Sim, Nós Fodemos. Os detalhes legais contemplados para o MAVI podem ser lidos aqui
Para Rui Machado, “a implementação do programa MAVI como sistema de apoio preferencial para as pessoas com deficiência é a única forma verdadeira de garantir o exercício pleno de todos os direitos”.
Sex toys: “Em 2018, queremos conseguir concretizar alguns apoios, encontrar soluções naquilo que são as nossas competências para promover uma vida plena. Já temos protocolos com uma empresa que vende sex toys, que pode passar por um cupão de desconto. Mas queremos ampliar e estamos a estudar outras parcerias para o próximo ano”, anuncia o psicólogo clínico.
Assistência sexual: “Falta fazer a discussão e reflexão sobre o tema, sendo que existem contributos europeus que temos conhecimento, que nos agradam e que fazem sentido. Por exemplo, o ativista catalão António Centeno defende a assistência sexual como a possibilidade de acesso ao próprio corpo, ou seja, quando alguém não se consegue masturbar ou ter relações sexuais sem a ajuda de um terceiro elemento (comum em casais em que ambos têm diversidade funcional) esta figura tem esse papel facilitador. Esta proposta parece-nos interessante”, refere Rui Machado.
O modelo catalão: Aplicado pela associação TandemTeam da Catalunha, este parece reunir mais consenso junto do movimento Sim, Nós Fodemos, mas ainda tudo está por decidir. O cofundador espera ter uma “proposta credível e pronta a apresentar até ao final de 2018”, diz ao Delas.pt. “A TandemTeam desenvolveu um modelo de assistência sexual baseado no voluntariado, em que a associação é mediadora entre o associado e o assistente. É um modelo comunitário, espontâneo e a pessoa que procura o apoio é o ator principal. Há uma seleção prévia do assistente, com avaliação e formação para segurança de quem presta o serviço e de quem requer o apoio”, conta Rui Machado, que já reuniu várias vezes com os responsáveis, que asseguram “nunca ter tido problemas quer da parte dos sócios, quer com os assistentes e trabalham já há vários anos”. Espanha, Suíça, França, Japão e Estados Unidos da América têm modelos de assistencialismo sexual diferentes.

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A revelação é feita por Rui Machado, psicólogo clínico e cofundador do movimento Sim, Nós Fodemos, a propósito do dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinala este domingo, 3 de dezembro.

“Em 2018, queremos conseguir concretizar alguns apoios, encontrar soluções naquilo que são as nossas competências para promover uma vida plena“, começa por explicar o rosto daquele movimento cívico, que caminha para os cinco anos de existência e quer” lutar pelo direito à independência das pessoas com diversidade funcional, o direito à igualdade e à liberdade de escolha”.

Nesse sentido, uma das medidas que parece estar mais próxima da concretização prende-se com a disponibilização de brinquedos sexuais que possibilitem a igualdade da vivência sexual e do prazer por parte das pessoas com deficiência. “Já temos protocolos com uma empresa que vende sex toys, que pode passar por cupão de desconto. Mas queremos ampliar e estamos a estudar outras parcerias nesse sentido, para o próximo ano”, anuncia o psicólogo clínico ao Delas.pt.

Na galeria acima, fique a conhecer outros eixos de atuação defendidos por aquela plataforma e que passam por olhar com toda a atenção para o programa de modelo de Apoio à Vida Independente – que vai entrar em vigor no próximo ano – , para o direito à maternidade e, entre outras áreas, para o direito à assistência sexual.

Imagem de destaque: Shutterstock

https://www.delas.pt/nem-filhos-nem-liberdade-sexual-mulheres-deficientes-devem-quebrar-silencio-e-desigualdade