Teimosa e rígida? Estes traços de personalidade podem defendê-la do Alzheimer

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[Fotografia: Unsplash/Mimi Thian]

Indivíduos que ficam presos no mesmo assunto durante muito tempo, são insistentemente argumentativos, não dão o braço a torcer e parece que tornam as discussões eternas e sem fim podem ter aqui boas notícias.

Um estudo da Universidade de Genebra, publicado na Neurobiology by Aging, descobriu que os indivíduos com aqueles traços de personalidade têm melhor “armas” para combater o surgimento da doença de Alzheimer.

Os investigadores estavam a acompanhar, ao longo de cinco anos, um grupo de pessoas de 65 anos, divididos entre homens e mulheres, quando surgiu a ideia de testar esta teoria. E as conclusões são inesperadas, com o estudo a indicar que traços argumentativos marcados pela teimosia e insistência podem ser bons indicadores no que à doença de Alzheimer diz respeito.

Panteleimon Giannakopoulos, da Faculdade de Medicina, da universidade suíça, afirmou, em comunicado, que a equipa ficou surpreendida quando avaliou o meio ambiente, a personalidade e estilo de vida que cada pessoa estudada levava. As pessoas que partem para a discussão e não tem medo de um conflito protegem mais o cérebro.

A abertura a novos desafios e experiência também têm um efeito protetor no cérebro, mas com muito menos impacto que outras características referidas, disse o professor.

Porém, os especialistas ainda não conseguem definir como é que estes traços acabam por ter este efeito protetor contra o Alzheimer, admitindo que se trata de uma “quebra-cabeças complexo”.