Nascido em Lyon, em França, o teste diz identificar os biomarcadores da endometriose, doença que, em Portugal, estima-se que afete 350 mil portuguesas, levando uma média de dez anos a ser diagnosticada.
De volta ao território francês, este ‘Endotest’ reclama reconhecer elementos presentes na saliva através da sequenciação e uso de inteligência artificial para detetar sinais daquela doença incapacitante.
A empresa de biotecnologia que concebeu este método de diagnóstico reclama ter um resultado confiável em 95% e em apenas poucos dias de espera dos resultados. Uma nova análise que envolveu mil mulheres pode ter acelerado o processo de autorização e eventual comparticipação generalizada deste teste pela Alta Autoridade de Saúde francesa (HAS), como avança a imprensa.
Apesar das cautelas que as entidades têm vindo a demonstrar relativamente a este meio de diagnóstico, a HAS veio dizer esta semana que considera as conclusões promissoras, dando, desta forma, mais um passo no sentido da disponibilização do teste e eventual comparticipação.
Mas ainda faltam dados e o parecer do governo após pronúncia da autoridade. Segundo a imprensa francesa, a HAS pede mais elementos clínicos que permitam definir com precisão quais as mulheres elegíveis a este acesso antecipado ao teste. Para já a gratuitidade a partir dos 18 anos e para casos suspeitos de endometriose está prevista, mas apenas no sentido de este apoio resultar em mais dados para fortalecer ensaios clínicos.
De acordo com o que foi avançado até ao momento, o ‘Endotest’ deve ser aplicado a mulheres cujos exames clínicos ou imagens médicas demonstrem ser inconclusivas no sentido de detetar a razão da dor persistente, devendo ser aplicado antes de a paciente seguir para a fase da laparoscopoia, uma intervenção invasiva.