Cher contra Trump: “O poder do povo é maior do que o deste estúpido”

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Fotografia de Stephanie Keith/Reuters

Milhares de pessoas desafiaram o frio, na noite de quinta-feira, 18, em Nova Iorque, participando numa iniciativa convocada pore atores e políticos para uma campanha de cem dias de “resistência pacífica” contra a administração de Donald Trump.

A iniciativa decorreu ao lado do Trump International Hotel e perto da Torre Trump, marcas do magnata na skyline Nova Iorque.

Segundo os organizadores, na ação contra Trump participaram entre 20 e 25 mil pessoas, muitas das quais exibindo cartazes com mensagens em que se lia “Como meu Presidente, nunca” ou “20 de janeiro de 2017, o dia em que a democracia morreu”.

A cantora Cher, de 70 anos, também aderiu à manifestação, que durou pouco mais de duas horas: “Vivi sob a administração de 12 Presidentes e nunca pensei que ia coincidir com este arrogante”.

Aos atores Mark Ruffalo, Julianne Moore, Rosie Perez, Marisa Tomei ou Sally Field e ao realizador Michael Moore juntaram-se políticos e dirigentes sindicais para exigir unidade diante dos perigos que acreditam que Donald Trump representa como Presidente.

“Temos que seguir em frente – não para protestar contra Trump -, mas para proteger a nossa gente e os nossos valores”, afirmou Ruffalo, uma das figuras que, a par com Michael Moore, esteve por detrás da convocatória da iniciativa.

“Atravessamos um momento muito perigoso”, disse, por seu lado, Michael Moore.

Nas diversas intervenções destacou-se a diversidade racial e cultural de Nova Iorque, que Ruffalo qualificou como “preciosa”, e lançaram-se apelos para defender os imigrantes indocumentados das ameaças de deportação feitas por Donald Trump.

“Devemos juntar-nos para proteger algo precioso para nós que é termo-nos uns aos outros”, afirmou Ruffalo.

O autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, uma figura política muito crítica com Trump, instou os participantes a iniciarem uma campanha de ação nos próximos dias em todas as cidades dos Estados Unidos.

“Amanhã [sexta-feira] não é o fim, é o começo”, disse De Blasio, repetindo o apelo à “resistência pacífica” que foi promovido por Ruffalo e Moore.

Entre os que assistiram à iniciativa estavam representantes dos principais grupos étnicos da cidade, acompanhados por amigos, familiares e até pelas suas mascotes.

Ao palco montado para a iniciativa subiram atores e dirigentes políticos, todos eles coincidindo na necessidade de reforçar ações contra a administração de Trump e de proteger imigrantes ou muçulmanos.

“O poder do povo é maior do que o deste estúpido”, afirmou Cher.

“We don’t want your tiny hands anywhere near our underpants” (Não queremos as suas mãos minúsculas perto das nossas cuecas), uma frase repetida e que tem por objetivo ser usada na Marcha das Mulheres, a 21 de janeiro.

Este é o segundo tema criado pela artista e que visa o presidente eleitos dos Estados Unidos da América. Já em dezembro, Apple tinha interpretado, à capela, Trump’s Nuts Roasting on an Open Fire (Trump a dar em maluco, debaixo de fogo cruzado, em tradução livre). Um momento que foi apresentado no concerto de beneficência em Standing Rock, em Los Angeles.

 


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