2030: o ano do fim da desigualdade salarial entre géneros?

Desigualdade salarial
Desigualdade salarial por género (Fotografia: Greg Brave/Shutterstock)

O ano de 2030 foi o prazo traçado pela nova coligação internacional – ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) – para pôr fim à desigualdade salarial entre mulheres e homens que desempenhem a mesma função.

Esta espécie de super-entidade, designada de Coligação Internacional para o Pagamento Igualitário (EPIC, na sigla em inglês) e anunciada este mês, pretende chegar a essa meta, através do apoio a políticas e práticas inovadoras e efetivas, a nível global, que promovam a igualdade salarial ente géneros nos locais de trabalho.

“Uma das barreiras mais persistentes ao sucesso das mulheres no trabalho e no crescimento económico, o pagamento desigual, vai ser ativamente desafiado por uma nova parceria, a Coligação Internacional para o Pagamento Igualitário”, refere a nota conjunta das organizações.


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Com a criação desta parceria, ONU Mulheres, OIT e OCDE esperam juntar uma série de intervenientes a nível global, regional e local que ajudem governos, empregadores, trabalhadores e respetivas organizações a passar das palavras aos atos e a acabar com a desigualdade salarial.

“A EPIC é uma resposta global a um problema crítico que se tornou numa prioridade nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentado da ONU, em particular o objetivo 8.5, que pede salário igual para trabalho igual até 2030.”

Na generalidade dos países, as mulheres ganham menos que os homens no desempenho das mesmas funções e nem os países mais ricos escapam a essa realidade. Na OCDE e nos países do G20, as mulheres ganham menos 17% que os homens, no seu salário mensal.