A confrontação com interrogações difíceis, o adiar de decisões por temer fazer perguntas ou respostas já sucedeu um pouco com todos. Mas o que leva as pessoas a, por vezes, parecerem procrastinar uma pergunta só pelo medo da resposta.
Segundo Warren Berger, jornalista americano, especialista em inovação e o autor do site e AmoreBeautifulQuestion.com -que pretende levar o público a perguntar-se mais e melhor, há quatro razões que explicam esta tendência, mais aguda, é certo, em algumas fases da vida.
No livro recém-editado em Portugal pela 20/20 editora, A Arte de Fazer Perguntas, Berger ressalva que são múltiplos os “motivos pelos quais as pessoas tendem a evitar perguntas fundamentais sobre muito do que fazem nas suas vidas, mas há quatro que sobressaem”.
“Fazer perguntas é tido como contraproducente”: O autor explica que o facto de, na maioria dos casos, o foco estar nas respostas e no que se procura que por vezes parece que avançar logo pode facilitar.
O momento certo: “O melhor momento para fazer perguntas parece nunca existir: ou é demasiado cedo demasiado tarde”, refere Warren Berger.
A pergunta certa: Mais do que se perguntar, a formulação mais adequada pode trazer a resposta que se precisa. O receio de não a formular pode ser um fator de adiamento. “E por isso, é melhor nem perguntar”, escreve o jornalista no livro.
Medo da própria resposta: “E se descobrirmos que não há boas respostas para as perguntas importantes que fazemos? Receando-o, muitos acham que é melhor não convidar essa incerteza e dúvidas adicionais para as suas vidas”, analisa o autor.
A partir deste ponto, Warren Berger procura levar este conhecimento e transportá-lo para o quotidiano de companhias e pessoas.
