Ter de cuidar de um familiar dependente acarreta uma das maiores revoluções na vida de um agregado. De repente, entra-se num mundo invertido de sentimentos onde tudo é novo, onde falta o tempo e o conhecimento e onde o medo de falhar pesa sobre os ombros.
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Na tentativa de dar alguns conselhos a cuidadores súbitos, três enfermeiras – Ana Catarina Ribeiro, Ana Isabel Temudo e Diana Maia – juntaram-se e compilaram no livro ‘Do Hospital Para Casa e Agora?’ os passos e os cuidados certos a ter em conta na hora de receber uma mãe, um pai, um filho, um avô ou uma avô em casa e cuja dependência de cuidadores está acentuada.
“A demora na resposta dos apoios na comunidade, os serviços existentes dispendiosos, a falta de informação e a dificuldade no acesso aos recursos surgem como os principais obstáculos para quem cuida”, afirma Diana Maia.
Esta cuidadora e co-autora do livro, que é apresentado esta tarde de domingo, em Lisboa, relata apenas algumas limitações que ela própria sentiu quando teve de lidar com a dependência da mãe.
“O objetivo é ajudar a ultrapassar alguns problemas que eu também senti. Por isso, o livro reúne conselhos práticos de quem tem conhecimento técnico e real de um processo de dependência em casa”, defende Diana Maia.
Mas há muito mais neste universo que se carateriza pelo pânico, mas, muitas vezes, pela sensação de culpa por não se estar a fazer o que é importante.
Tudo isto sem esquecer que quem cuida também tem de se cuidar.