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6 reflexões de Marcelo em vésperas de se mudar para Belém

Desafio – “O que verdadeiramente importa” neste momento “é que o legado a receber seja preservado e atualizado, respeitando o espírito republicano”, sendo, para isso, necessário ajudar recriar a democracia, “mantendo viva, livre e justa uma pátria que só o será se cada um dos que a integram puder viver em liberdade e com justiça", escreveu Marcelo.
Presidente – "Tem um poder moderado em períodos de normalidade político-constitucional, mas "poderes extraordinários em períodos de crise", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, sustentando assim a sua perspetiva sobre o cargo que vai agora ocupar.
Retrato do País - Nas últimas décadas, a política pura tem dado lugar às finanças mais do que à economia e ao social. Uma realidade que atinge Portugal, mas também muitos outros países.
Política – O esvaziamento da política “não pode ser uma solução de futuro”, diz Marcelo, que considera que a globalização e as vicissitudes da União Europeia têm evidenciado a relativização da política. Também “a cultura tem sofrido idêntico percurso”, acrescentou.
Democracia – A relativização da política e o “o aparecimento de novas formas e novos apelos de participação”, factores que surgiram de forma coincidente, “criam um choque que pode questionar as democracias".
Passado – De entre as lições a retirar dos últimos 40 anos de democracia em Portugal, destaque para “a capacidade revelada pela Constituição", no que toca ao estatuto do Presidente, "para se adaptar a muito variadas situações eleitorais, governativas, financeiras, económicas e sociais". Quanto aos últimos quatro presidentes que passaram por Belém [Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva], o professor considera que tiveram "o inequívoco mérito" de enriquecer o legado do cargo.

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A tomada de posse para a Presidência da República está marcada para quarta-feira, 9 de março, mas Marcelo Rebelo de Sousa começou já este fim de semana a expor os eixos principais que pretende defender no mandato de cinco anos que vai agora encetar.

Num último artigo de opinião publicado este sábado, 5 de março, no jornal Expresso, o novo presidente da República – eleito à primeira volta a 24 de janeiro, com 52% dos votos – clarificou o seu olhar sobre o mais alto cargo da Nação: o presidente “tem um poder moderado em períodos de normalidade político-constitucional” e “poderes extraordinários em períodos de crise”, escreveu.

O futuro chefe de Estado critica o esvaziamento da política, o predomínio das finanças sobre a economia e o social, fala sobre a Pais e a União Europeia. Sobre os desafios que o esperam, o professor universitário considera importante preservar e atualizar “o legado a receber”, “respeitando o espírito republicano” e “mantendo viva, livre e justa uma pátria que só o será se cada um dos que a integram puder viver em liberdade e com justiça”.


Recorde o discurso da vitória de Marcelo e a biografia do novo Presidente da República


A tomada de posse – que vai ter lugar na próxima quarta-feira – vai ter lugar em Lisboa, mas vai também estender-se ao Porto. Na capital, as cerimónias vão passar, à tarde, pela visita de Marcelo Rebelo de Sousa à Mesquita Central de Lisboa e, à noite, por espetáculos musicais. A fadista Mariza irá cantar o hino nacional na cerimónia, seguem-se depois os concertos de, entre outros artistas, Anselmo Ralph e Pedro Abrunhosa.

Na visita ao Porto e após a receção na Câmara Municipal, o Presidente da República irá passar pela exposição ‘P. – Uma Homenagem a Paulo Cunha e Silva, por Extenso’, seguindo depois para o bairro do Cerco. Aqui, de acordo com o que foi avançado pelo DN, ouvir-se-ão sonoridades mais próximas do Hip Hop, contando, para tal, com a participação do projeto Oupa, que junta jovens do conhecido bairro a músicos emblemáticos da cidade.