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A doença mental que aparece na adolescência e destrói famílias

Percorra a galeria de imagens para ficar a conhecer os sintomas de esquizofrenia. Fotografia de Getty Images
1. Insónias. São um dos sinais de aviso do início de esquizofrenia. Após o diagnóstico, a privação de sono agrava os sintomas e prejudica a saúde física e mental de outras formas. Não se esqueça também que o facto de não dormir as horas suficientes pode causar problemas de memória, concentração e aumentar o risco de doença cardíaca. Fotografia de Getty Images
2. Delírios e alucinações. Estes sinais psicóticos são os mais fáceis de detetar. Os familiares e amigos mais próximos não costumam reagir bem quando estes sintomas se tornam frequentes. Não deve tentar convencer os outros de que os seus delírios ou alucinações não são reais. Fotografia de Getty Images
3. Comportamento anormal. É um grande sinal de que há algo de errado consigo. Normalmente estas pessoas ficam muito agitadas e manifestam raiva com mais facilidade. Também costumam negligenciar a higiene mental e mostram-se incapazes de completar tarefas e responder corretamente a questões básicas. Fotografia de Getty Images
4. Discurso ou pensamentos desorganizados. Torna-se difícil, para quem ouve estas pessoas, entendê-las. Apresentam ideias confusas e frases que não fazem sentido. O apoio de quem rodeia o doente é fundamental nesta fase. Fotografia de Getty Images
5. Ausência de emoções. Ficam sem qualquer interesse em relação às coisas que os rodeiam. Este sintoma é mais difícil de detetar e normalmente leva as os doentes a confundir esquizofrenia com depressão. Fotografia de Getty Images
6. Isolamento social. As pessoas com esquizofrenia normalmente têm dificuldade em relacionar-se e interagir com os outros, até já em idade adulta. Fotografia de Getty Images
7. Automutilação. Costuma acontecer em doentes que têm dificuldade em interpretar e expressar emoções. O facto de estarem conscientes da sua condição mental e a falta de apoio também aumenta o risco de suicídio. Fotografia de Getty Images

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A esquizofrenia é silenciosa e, tal como a maioria das doenças mentais, não se sabe o que a provoca nem por que razão se manifesta mais rapidamente numas pessoas do que noutras. Pode afetar tanto homens como mulheres, quer sejam adultos ou crianças, e é no final da adolescência, entre os 16 e os 25 anos, que o diagnóstico é mais comum. Apesar da gravidade, chegando ao ponto de limitar por completo a vida dos doentes, ainda há quem não a leve a sério.

“Não há uma explicação, existem vários pontos de investigação que nos levam a concluir várias coisas. Uma das conclusões é que esta é uma doença neurológica e tem de ser vista como doença, tal como é visto o cancro, por exemplo. É gravíssima, provavelmente uma das doenças que mais debilitam as pessoas“, explica ao Delas.pt Miguel Mealha Estrada.

Na opinião do especialista, esta desvalorização da doença deve-se, sobretudo, ao facto de a maioria dos hospitais portugueses não estarem preparados para tratar doentes mentais (fique a conhecer, na galeria de imagens acima, os sintomas da esquizofrenia).

“Para reabilitar um doente com esquizofrenia é preciso muito apoio a nível psicossocial, só assim vai conseguir integrar-se novamente na sociedade. Isto no caso dos doentes que podem ser reabilitados porque há muitos que, infelizmente, não conseguem. Em Portugal, muitos hospitais não estão equipados para lidar com este tipo de problemáticas que pertencem à especialidade de psiquiatria”, sublinha o psicoterapeuta.

No caso português, os esquizofrénicos raramente são acompanhados em permanência por profissionais de saúde. “Normalmente dão-lhes medicação, mandam-nos para casa e ninguém explica à família quais são os sintomas e o que têm de fazer a nível psicoterapêutico e de reabilitação social. Às vezes é muito difícil lidar com essas pessoas, rebentam com famílias inteiras”, afirma o especialista.

De acordo com o ‘Esquizofrenia 24×7‘, o primeiro site sobre esquizofrenia em Portugal, esta doença afeta, em todo o mundo, cerca de uma em cada 100 pessoas. Um valor que em território luso corresponde a 1% da população (no vídeo abaixo pode ver o testemunho de uma esquizofrénica, em espanhol, do canal de YouTube ‘Esquizofrenia24x7’).

“Não é um número preocupante, está em plena concordância com as estatísticas dos outros países. Embora seja heterogénea nos seus sintomas, a esquizofrenia não escolhe culturas nas povos. É algo biológico”, acrescenta o autor do livro Um mapa para chegar ao coração da criança.

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