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Alexandria, a democrata que está a dar que falar nos EUA

Percorra a galeria e conheça Alexandria Ocasio-Cortez, a mulher que está a fazer tremer as fundações do Partido Democrata e arrisca-se, aos 28 anos, a ser a mais jovem mulher a chegar ao Congresso [Fotografias: Facebook]
Empregada de bar: Há menos de um ano, Alexandria, ativista latina natural do Bronx e com origens porto-riquenhas, servia ao balcão de um bar. Esta era uma das suas fontes de rendimento.
Financiamento: Com apenas 300 mil dólares (260 mil euros) de orçamento para sua corrida ao Congresso e conhecimento profundo das dinâmicas de comunicação das redes sociais, a latina acaba de afastar o poderoso opositor democrata Joe Crowley do Congresso (e que já contava com uma dezena de eleições conquistadas ao longo de anos). Este corria com um budget de 3,3 milhões de dólares (2,85 milhões de euros).
Carreira: Enquanto estudava Economia e Relações Internacionais na Universidade de Boston, a agora candidata, revela o seu próprio site trabalhou com o senador Ted Kennedy. Recentemente, em 2016, foi uma das organizadoras da campanha de Bernie Sanders, aquando da disputa das primárias e nas quais foi vencido por Hillary Clinton. Recorde-se que esta candidata democrata acabaria por perder a Casa Branca para Donald Trump.
Família: Alexandria revelou no Twitter que tinha perdido o avô no Furacão Maria, em 2017. Por isso e para superar o retrocesso do território, a candidata pede um Plano Marshall americano para o Porto Rico. Apesar de já ter nascido nos Estados Unidos da América, a mãe da agora candidata democrata ao congresso por Queens (Nova Iorque), é porto-riquenha. Tendo em conta a sua herança, a candidata tem sido uma das vozes críticas da política de imigração de Trump, denunciou as irregularidades da separação de pais e filhos muito antes de chegarem ao grande público e visitou um centro de detenção na fronteira.

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É latina, ativista, tem 28 anos e acaba de deixar o Partido Democrata sem palavras e os Estados Unidos da América a olhar incrédulos para ela. Falamos de Alexandria Ocasio-Cortez que, na terça-feira, 26 de junho, venceu um dos históricos democratas: Joe Crowley.

Com 57,5% dos votos, esta jovem mulher venceu as primárias do partido no 14º distrito de Nova Iorque (Queens) e, com uma campanha orçamentada em cerca de 300 mil dólares (260 mil euros), prepara-se para concorrer ao Congresso frente ao republicano Anthony Pappas. Se ganhar, a latina será a mais jovem mulher neste órgão político.

E se a eleição se reveste de suprema importância para as mulheres, ela tem, na realidade, toda uma dimensão política e partidária, apontando para uma possibilidade de o partido democrata norte-americano estar a dar sinais de virar à esquerda, algo que o senador Bernie Sanders tinha já dado indicações quando disputou a liderança com Hillary Clinton. Aliás, Alexandria trabalhou de perto com aquele candidato.

“A minha esperança é que, com esta vitória, possamos olhar em frente e ver a onda de candidatos heroicos que temos este ano”, diz Alexandria Ocasio-Cortez

Agora, na sua página de Facebook, Alexandria não escondeu a surpresa pela vitória e agradeceu a quem a apoiou. “Sempre soubemos que era possível, mas vocês fizeram isto acontecer. Isto é o que podemos atingir quando estamos juntos, quando escolhemos acreditar que é possível ter um mundo diferente – e tocar às campainhas do nossos vizinhos e votar para que tudo isto aconteça”, escreveu a democrata.

Para Alexandria, trata-se do “início de um movimento”. “A minha esperança é que, com esta vitória, possamos olhar em frente e ver a onda de candidatos heroicos que temos este ano”, refere, lembrando que estas batalhas requerem “coragem política”.

Imagem de destaque: Facebook

EUA: o que fazem os candidatos pelo voto das mulheres