Publicidade Continue a leitura a seguir

Aministia acusa Twitter de permitir abusos contra as mulheres

Jennifer Lawrence: "Nunca usei o Twitter. Não sou muito boa com telefones e novas tecnologias. Eu não consigo sequer ver os emails, por isso o conceito do Twitter é impensável para mim. Se alguma vez encontrarem uma página de Facebook, Instagram ou Twitter que diga que me pertence, é mentira...". (2014, BBC Radio)
Scarlett Johansson: "Não tenho perfil no Facebook ou no Twitter (...). Para mim, é um fenómeno muito estranho. Não consigo pensar em nada que prefira fazer menos do que ter que partilhar permanentemente detalhes da minha vida quotidiana. Fico surpreendida com os atores que usam o Twitter. (...) Eu prefiro que as pessoas tenham menos acesso à minha vida privada". (2011, 'Interview')
George Clooney: "Por que razão estaria no Twitter? A pior coisa que posso fazer é tornar-me mais disponível, certo? Uma noite bebemos uns copos a mais, alguém me irrita [online] e eu respondo... No dia seguinte a minha carreira estaria acabada. Todas as coisas que posso pensar no silêncio de uma noite de embriaguez iriam explodir de em todo o mundo antes de eu acordar". (2013, Esquire)
Daniel Radcliffe: "O Twitter é ótimo para certas coisas e para certas pessoas. Há pessoas que realmente gosto de ler no Twitter, mas não sei por que alguém na minha posição estaria nele". (2016, TimesTalk)
Julia Roberts: "Os media sociais são como o algodão doce: Parece tão atraente e simplesmente não conseguimos resistir a entrar, mas depois acabamos com dedos pegajosos... O anonimato faz as pessoas sentirem-se seguras para destilar ódio". (2013, 'Marie Claire')
Kristen Stewart: "Quando falamos com alguém por telefone, isso é uma troca decifrável e compreensível, mas através de texto e das redes sociais, é essencialmente um diálogo entre nós e a nossa interpretação. Não é inválido, é uma nova linguagem, mas também podemos tornar-nos viciados". (2017, 'V')
Kate Winslet: "Os media sociais têm um enorme impacto sobre a autoestima das mulheres jovens, porque tudo o que querem é fazer com que as pessoas gostem delas. E o que vem com isso? Transtornos alimentares. E isso faz com que o meu sangue ferva. Esta é a razão pela qual não existem redes sociais em minha casa". (2015, 'Sunday Times')
Benedict Cumberbatch: "Não posso envolver-me porque, como eles sabem, seria um desastre. Um tweet não pode ser a salvação da minha vida. Iria além dos meus limites enquanto ator e isso não faz sentido. Iria consumir-me e, em última instância, seria muito tóxico. Prefiro gastar a minha energia a trabalhar". (2016, 'People')
Emily Blunt: "Nestas coisas sou como um dinossauro. Não é uma coisa orgânica para mim. (...) Também sinto que o meu trabalho é convencer as pessoas que eu não sou as personagens que interpreto e isso obrigar-me-ia a revelar demasiado". (2015, 'Vulture')
Jennifer Garner: "Tenho uma página oficial no Facebook, mas não estou no Twitter nem no Instagram. Primeiro, não tenho tempo e não quero sentir-me em dívida para com o meu telefone ou computador. No Instagram, não há nada que iria colocar que as pessoas queiram ver". (2014, 'People')
Mila Kunis: "O que eu faço e o que eu sou são coisas diferentes e, para mim, manter essas duas facetas separadas é muito importante. Não quero que as pessoas me conheçam ao ponto de se sentirem confortáveis para entrar em minha casa sem serem convidadas. Prefiro a minha privacidade". (2016, 'The Daily Telegraph')

Publicidade Continue a leitura a seguir

O Facebook e o seu fundador, Mark Zuckerberg, têm estado debaixo de fogo depois do escândalo de fugas de dados pessoais de 50 milhões, para influenciar a eleição de Trump, nos EUA, e o Brexit, no Reino Unido, envolvendo a empresa de consultoria Cambridge Analytica.

Mas esta não é a única polémica a envolver uma rede social. O Twitter está a ser acusado, pela Amnistia Internacional (AI) de permitir, nas suas páginas, comentários e incitamentos a abusos e atos de violência contra as mulheres, nas suas páginas.

Num relatório, intitulado ‘Toxic Twitter: Violence and Abuse Against Women Online‘ (em português, ‘Twitter Tóxico: Violência e Abusos Contra as Mulheres Online”) e preparado ao longo de mais de um ano, a AI acusa a rede social de falhar na garantia de um ambiente seguro para as mulheres que a utilizam e dessa forma não proteger os direitos humanos.


Na fotogaleria veja as celebridades que se recusam a usar as redes sociais e porquê.


“Para muitas mulheres, o Twitter é uma plataforma onde a violência e o abuso contra elas floresce, frequentemente com pouca responsabilização [dos abusadores]”, lê-se no relatório, que acrescenta que, “como empresa, o Twitter está a falhar na responsabilidade de garantir o respeito pelos direitos das mulheres online, por não investigar e responder adequadamente às denúncias de violência e abuso de forma transparente”.

Ameaças de morte, de violação, comentários racistas, homofóbicos, ou sobre o peso e a imagem são alguns dos abusos a que as mulheres estão sujeitas.

A Amnistia refere que a violência sofrida pelas mulheres nesta rede social – independentemente da sua condição social e profissional –, tem um efeito negativo no seu direito à liberdade de expressão, de forma igual e sem medos, o que conduz ao seu silenciamento.

“Em vez de fortalecer a voz das mulheres, a violência e os abusos que muitas sofrem na plataforma leva-as a autocensurarem-se naquilo que publicam, a limitarem as suas interações e inclusivamente leva-as a saírem do Twitter por completo”.

Em correspondência trocada com a organização de defesa dos direitos humanos, o Twitter respondeu que “não pode eliminar o ódio e o preconceito da sociedade”, reiterando que nas suas políticas de utilização proíbem as expressões de violência e de abuso e que os utilizadores podem denunciar contas ou tweets que estão a violar esta política.

A Aministia contesta o argumento, apontando que a rede social falha precisamente na fiscalização da sua própria política de utilização e na responsabilização dos utilizadores infratores, mesmo quando há denúncias.

O relatório da organização baseia-se numa investigação realizada nos últimos 16 meses, no Reino Unido e nos EUA, e que inclui entrevistas realizadas a 86 mulheres, políticos e jornalistas.

Diferentes na biologia sim. Inferiores não, dizem mulheres na tecnologia