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Aproveite a vitamina D sem comprometer a proteção da pele

Onde está a vitamina D nos alimentos? Descubra nesta galeria.
Salmão Existe um número grande de alimentos marinhos com altas doses de vitamina D. O salmão está no topo da lista. Cem gramas oferecem 650 UI, mais do que precisa para um dia.
Óleo de fígado de bacalhau É uma excelente fonte de vitamina D, essencial para a saúde óssea. É por isso que os nossos avós o usavam contra o raquitismo.
Ovos Uma gema grande de ovo contém 37 IU de vitamina D. Além disso, os ovos são boas fontes de proteína e, apesar de associados aos altos níveis colesterol, estudos recentes provam que não estão ligados ao aumento do risco de problemas cardíacos.
Frutos do Mar Os camarões, as ostras ou amêijoas são alimentos especialmente ricos nesta vitamina. No caso especial das ostras, por cada 100 gramas recebemos 320 UI de vitamina D, mais de metade da nossa necessária diária.
Fígado Cerca de 100 g de bife de fígado pode prover 42 IU de vitamina D, além de ser uma ótima fonte de ferro.
Lacticínios e similares Quase todos os tipos de leite de vaca são fortificados com vitamina D. Em geral, um copo de 200 ml de leite contém pelo menos 100 UI e uma porção de 150 ml de iogurte contém 80 UI. Alguns leites de soja e de arroz são enriquecidos com aproximadamente a mesma quantidade, mas verifique o rótulo uma vez que nem todos contêm vitamina D.

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A vitamina D é fundamental para a saúde humana e o sol é uma fonte importante. Mas a exposição direta à luz solar, sobretudo no verão, com os níveis mais elevados de radiação ultravioleta (UV), traz, por outro lado, riscos e efeitos nocivos para a proteção da pele, que se podem converter em problemas de saúde.

Se só 10% da vitamina D que obtemos é através da alimentação (veja como na galeria, em cima), e a restante através do sol e dos raios UVB, como se deve então proceder para não prescindir deste importante contributo para o organismo, sem comprometer a proteção da pele?

“Embora a nossa pele produza vitamina D quando exposta ao sol, não é por estarmos muitas horas ao sol que vamos produzir mais vitamina D. Ou seja, essa nossa capacidade é relativamente limitada”, explica ao Delas.pt, Sofia Magina, médica dermatologista e responsável pela Clínica de Dermatologia Prof.ª Sofia Magina, no Porto. Por isso, bastam “15 minutos”, usando uma “t-shirt e calções”, e dessa forma “expondo os braços e as pernas”, para a conseguir absorver. Esse é o tempo que leva, segundo a Sofia Magina, o corpo produzir o máximo de vitamina D num dia. “Não é por estarmos mais tempo expostos ao sol naquele dia que vamos produzir mais, linearmente, vitamina D”, sublinha.

Por outro lado, o período recomendado para que essa absorção seja eficaz é entre as 10h e as 16h, o mesmo em que os médicos e dermatologistas desaconselham a exposição, no verão e em alturas de maior calor, devido à alta radiação dos raios UV.

“A vitamina D é produzida através dos raios ultravioleta B que são aqueles que são mais intensos à hora de almoço, e a hora de almoço é uma hora a que nós, dermatologistas, achamos que as pessoas não devem expor-se ao sol pelo risco que tem, em termos de cancro de pele, de envelhecimento da pele ou de queimaduras solares”. “É verdade que é uma hora desaconselhada”, admite Sofia Magina, que, no entanto, refere que não é só naquele horário que é possível adquirir a vitamina D, apesar de constituir “o pico” para a sua absorção. “Se fizermos uma vida ao ar livre, fora desse horário conseguimos na mesma assegurar os níveis de vitamina D, no verão.”

E há ainda outra questão que a médica considera importante ressalvar e desmistificar e que tem a ver com o uso de protetor solar.

“Como os dermatologistas recomendam o seu uso então as pessoas põem protetor solar e pensam que já não produzem vitamina D e ficam muito preocupadas com isso. Isso também não é verdade, pela forma como pomos o protetor solar. Primeiro, nunca pomos no corpo todo, há sempre um pé, uma mão, um bocadinho da perna que fica de fora, e não estamos sempre a por de duas em duas horas”.

Ou seja, a quantidade aplicada normalmente, “confere um fator de proteção muito mais baixo do que aquele que está no rótulo”. Assim, conclui Sofia Magina, “não é por usarmos protetores solares que vamos diminuir a [produção] da nossa vitamina D”.

A síntese de vitamina D, bem como o limite de segurança da exposição solar, variam ainda de acordo com o tipo e cor de pele e idade de cada pessoa, entre outros fatores.

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